O que os candidatos e candidatas à Prefeitura de Gravataí – que esperam ser vencedores na eleição de 12 de março – elegeram como prioridade para fazer pela cidade e pela população a partir do momento em que assumirem o Executivo, se forem eleitos, ou eleitas?
Com o propósito de deixar isso bem evidente, o Seguinte: perguntou aos candidatos e candidatas:
— Quais são as suas 10 principais propostas para colocar em prática por Gravataí, se for eleito?
A ORDEM
As respostas foram publicadas na ordem em que o Seguinte: recebeu as respostas, conforme foi combinado com cada um deles, ou seus assessores.
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As 10 + de Sadao Makino, do PSTU
As 10 + de Rosane Bordignon, do PDT
As 10 + de Anabel Lorenzi, do PSB
As 10 + de Marco Alba, do PMDB
Conheça as 10 propostas de Rafael Linck, candidato do PSol:
1
GOVERNO POPULAR. GOVERNO DO POVO – Temos o desafio de radicalizar a democracia em Gravataí, onde o governo escute as pessoas e subordine a elas as grandes decisões que impactam a vida na cidade, sem distribuir regalias a amigos e sem aparelhar a prefeitura com interesses político-partidários, personalistas e eleitoreiros.
2
FIM DOS PRIVILÉGIOS NA GESTÃO MUNICIPAL – Mandatos não são de propriedade individual dos eleitos, mas uma síntese de vontades, propostas e engajamentos comuns. Por isso combateremos sem tréguas a corrupção, fazendo os agentes políticos do governo prestarem contas anualmente da sua evolução patrimonial, igualaremos o salário do prefeito e do vice à média do ordenado dos professores municipais e iremos cortar 70% do número dos CC’s.
3
ECONOMIA E DIREITO AO TRABALHO – Investir nos pequenos e médios empreendedores de Gravataí é uma necessidade, pois isso diminui a dependência do município das grandes indústrias, cria novos empregos e gira a economia interna da cidade. Para fazer isso é necessário criarmos condições destes grupos agirem de forma competitiva diminuindo assim, inclusive, os grandes monopólios. Para isso criaremos redes de cooperativas, incentivaremos e promoveremos feiras periódicas a fim de dar oportunidade aos ambulantes e artesãos e principalmente, incentivaremos a economia solidária de maneira itinerante e de forma a ocupar os espaços públicos.
4
EDUCAÇÃO EMANCIPADORA – A educação é um dos temas mais importantes quando falamos de mudança social. Ela é a principal indicadora de aumento de rendimentos do trabalho e de mobilidade nas sociedades democráticas, além de ser um bem coletivo capaz de promover a cidadania e de ampliar a inclusão social de todos. Por isso a prioridade do nosso governo será de promover a valorização salarial e de carreira dos profissionais da educação. Implementar uma gestão radicalmente democrática em que, inclusive, a comunidade escolar irá escolher seu secretário de educação. Para além disso, investiremos realmente em uma educação integral, que seja inclusiva, que seja para todas as idades e oportunize sempre a emancipação do sujeito.
5
GRAVATAÍ MAIS SEGURA – A prefeitura tem se omitido de suas responsabilidades na área da segurança pública. O argumento é que segurança seria responsabilidade do Estado. Esta visão se tornou insustentável diante da crise da segurança pública. Por isso colocaremos a guarda municipal nos bairros, se organizando e formando estratégias em conjunto com a comunidade. Precisamos, urgente integrar a Guarda com as entidades policiais estaduais e federais, isso através de um centro de comando inteligente, sofisticado e tecnológico. Para discutir segurança há a necessidade de nos comprometermos em potencializar a iluminação pública dos bairros e criar condições das pessoas realmente ocuparem os espaços públicos.
6
SAÚDE COMO DIREITO PRIMEIRO – A incapacidade das gestões em garantir o acesso real da população à prevenção e aos cuidados básicos está diretamente associada a várias situações, entre as quais a expansão não qualificada do Programa Estratégia Saúde da Família (ESF). É preciso rever a atuação do governo no gerenciamento da saúde pública. Para isso convocaremos uma consulta pública sobre a saúde nesse ano. Daremos mais autonomia e instrumentalizaremos o Conselho Municipal de Saúde, buscando sempre a defesa e melhoria do SUS. Descentralizaremos o acesso ao remédio através de farmácias de bairro. E deixaremos as Unidades básicas de Saúde abertas até mais tarde e com condições para tal, afim de atender a classe trabalhadora das periferias com mais qualidade e eficácia.
7
GRAVATAÍ DAS MULHERES – É preciso construir uma prefeitura disposta a enfrentar o ciclo de violência, desigualdade e machismo. As políticas públicas no município são estratégicas, pois é justamente nas cidades que as violações de direitos, o assédio e a violência sexual se manifestam. Para isso é preciso garantir o direito da mulher ao trabalho, oportunizando inclusive lugares adequados para que deixem seus filhos. Frente a esse panorama que se torna emergente ampliarmos as vagas na educação infantil com construção de novas creches. Há a necessidade e o compromisso também da prefeitura garantir a equidade de gênero nos serviços públicos. De combater diariamente a violência contra a mulher e descentralizar e fortalecer o atendimento às mulheres vítimas de violência.
8
POR UMA GRAVATAÍ DA DIVERSIDADE E DA IGUALDADE – A violência contra a população LGBT se expressa cotidianamente nas ruas, por meio dos insultos, piadas, agressão física e discriminação nos locais de estudo, de trabalho e de lazer. Criaremos um centro de cidade da comunidade LGBT no município. Combateremos efetivamente a LGBTfobia e vamos propor a discussão de gênero nas escolas.
9
POR UMA MOBILIDADE MAIS HUMANA – A política de estímulo ao uso do automóvel individual provoca longos engarrafamentos, agravados pelo sucateamento do transporte coletivo e pela ausência de integração dos poucos modais disponíveis. É preciso rever este modelo de mobilidade. Portanto, é urgente melhoria no transporte público de Gravataí: Revisão/auditoria do contrato com a empresa detentora da concessão, buscando mecanismos legais para reavaliar a licitação do transporte coletivo. Fiscalização rigorosa por parte da gestão municipal sobre a empresa que tem a concessão sobre o transporte. Ônibus no horário e com conforto para os passageiros. Fiscalização dos horários e lotação máxima nos ônibus. Exigência de número suficiente de ônibus para cumprimento dos horários sem pressão e sobrecarga aos motoristas. Melhoria da fiscalização do sistema de táxi, com a criação de um aplicativo da prefeitura que possibilite a avaliação do usuário, a exemplo dos modelos privados que já existem. Regularização do Moto Taxi. Instituição de um Conselho de Usuários do Transporte Coletivo. Instituir e facilitar mecanismos de transporte multi modal. Criar um Fundo Municipal do Passe Livre e um Plano Diretor Cicloviário.
10
CULTURA POPULAR E ALTERNATIVA: UMA QUESTÃO DE IDENTIDADE – A cultura é responsável pela identidade de um povo. Nossa história e nossa imaginação constroem o estado de espírito de uma comunidade ou nação, estabelecendo vínculos que nos unem. A cultura reflete tudo o que acreditamos ser e é responsável por tudo aquilo que nos autorizamos a sonhar. Sem ela, a vida fica despojada de sentido, sem identidade. Nossos poucos equipamentos culturais estão sucateados. Ampliar o investimento do orçamento em cultura, Democratizar o acesso à cultura e a ocupação dos espaços públicos da cidade com atividades culturais, Propomos também o Projeto "Palco Móvel", onde em uma estrutura itinerante pela cidade, os artistas locais terão a possibilidade de divulgar seus trabalhos, Ainda no sentido de levar a cultura aos bairros, apresentamos o projeto "Disseminando a Leitura" onde criaremos um banco de livros a partir do incentivo a doações e esse volume, na medida em que for crescendo, comporá uma biblioteca móvel que ocupará praças e parques da cidade, recebendo e distribuindo livros de maneira gratuita, na base da troca, Contra-turno cultural. levar e trazer os alunos das escolas municipais, em seu contra turno, para a vivência cultural e cidadã de sua cidade, com sessões em espaços culturais e na própria escola para colocar os alunos em movimentação por sua cidade e seu patrimônio material e imaterial, Recuperar a diversidade da convivência nas praças de Gravataí, promover a acessibilidade através de brinquedos para cadeirantes, mini pistas de skate para jovens, canchas de bocha e academias para a terceira idade, bem como canchas de futebol, basquete e vôlei, bicicletário e canteiros comunitários, apresentações culturais com espetáculos de intervenção urbana nas áreas de circo, dança e teatro, bem como sessões de cinema ao ar livre e shows em praças.