O que os candidatos a prefeito de Gravataí – que esperam ser vencedores na eleição de 12 de outubro – elegeram como prioridade para fazer pela cidade e pela população a partir do momento em que assumirem o Executivo, se forem eleitos?
Com o propósito de deixar isso bem evidente, o Seguinte: perguntou aos seis candidatos:
— Quais são as suas 10 principais propostas para colocar em prática por Gravataí, se for eleito?
Atenção
As respostas estão sendo publicadas na ordem em que o Seguinte: está recebendo as respostas, conforme foi combinado com cada um deles, ou seus assessores.
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Conheça as 10 propostas de Sadao Makino, candidato do PSTU:
1
Empresas que recebem financiamento público e que demitem seus funcionários devem ser estatizadas e controladas diretamente pelos trabalhadores. Lucraram por décadas, mas agora, demitem sem considerar os trabalhadores que produziram tudo. A GM, por exemplo, se aproveita da situação econômica do país para atacar direitos e aumentar a exploração. Demitiram mais de mil trabalhadores em Gravataí, deram calote no PPR – o resultado é o aumento dos seus lucros. Denunciamos que estas demissões são ilegais e teve a conivência do sindicato com a GM.
2
A Sogil busca apenas o lucro e o povo continua sofrendo com a demora, superlotação e tarifa cada vez mais cara. As mulheres são as maiores vítimas, pois sofrem o assédio e violência nos ônibus lotados. Todos os partidos que governaram ajudaram a Sogil a lucrar todos esses anos, e permitem a exploração dos trabalhadores e jovens da cidade. Somente com a municipalização da empresa poderemos garantir um transporte de qualidade com tarifa social de R$ 1,00 e estabilidade aos trabalhadores.
3
A falta de saneamento básico, além de provocar doenças, deixa a população desassistida. Em Gravataí, quando chove no inverno, bairros ficam alagados por falta de drenagem, e no verão falta água. A rede ultrapassada perde 50% da água tratada. Mas os governos municipal e estadual botam a culpa no consumo, ou seja, pedem para o trabalhador ficar com sede porque eles usam o dinheiro para beneficiar os empresários. Com luta e mobilização é possível conquistarmos uma cidade que traga o desenvolvimento urbano, onde as pessoas são mais importantes que o lucro.
4
A corrupção é uma necessidade do capitalismo. As grandes empresas, bancos e empreiteiras pagam milhões para as campanhas dos grandes partidos que, depois, fecham negócios em bilhões com as mesmas. Os últimos fatos políticos no Brasil demonstraram o envolvimento do PT, PMDB, PSDB e outros tantos, nessa relação de corrupção com as empresas. PSTU é o único partido que não é citado na lista da Odebrecht! Defendemos a prisão e o confisco dos bens dos políticos corruptos e, também, de seus corruptores, ou seja, as empresas que se beneficiam com essas maracutaias.
5
O capitalismo utiliza as opressões para explorar ainda mais enormes setores da classe trabalhadora. O racismo, o machismo e a LGBT’fobia são usados para aumentar os lucros dos patrões, a opressão diariamente provoca uma brutal violência, seja pelo preconceito e discriminação, seja pela repressão policial. Defendemos o combate a toda forma de opressão! Pela aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha, o fim do genocídio da juventude negra e a criminalização da LGBT’fobia.
6
Precisamos unificar as lutas e parar o Brasil para barrar os planos de “ajustes” que os governos das três esferas estão aplicando. Eles querem acabar com a aposentadoria, com os direitos trabalhistas, aumentar o desemprego e a exploração e rebaixar ainda mais os salários. Querem privatizar e destruir de vez a educação, a saúde e os serviços públicos para enriquecer os donos das cidades, dos bancos, das grandes empresas.
Uma Greve Geral pode botar pra fora Temer e todos eles!
7
O IPTU progressivo é uma forma de aplicação do imposto que cobra de forma diferente imóveis que são diferentes. Quem é milionário ou dono de fábricas e grandes estabelecimentos comerciais deve pagar mais imposto e não ser isento de pagamento como em geral fazem os governos. Imóveis residenciais de famílias que recebem até 1 salário mínimo devem ser isentos de cobrança. Imóveis comerciais devem pagar mais que imóveis residenciais. Imóveis com dívidas devem ser usadas para prédios públicos e moradias populares.
8
Polícia comunitária nos bairros, controlada pela população.
9
A dívida que os municípios pagam à União para ser remetida aos banqueiros já foi paga e penaliza o povo pobre e a classe trabalhadora. Além disso, a maioria dela é composta de juros sobre juros ou gastos pouco claros. É um verdadeiro roubo legalizado. Aliás, os pequenos proprietários ou as dívidas que tem a prefeitura com pequenos prestadores de serviços em geral demoram a ser recebidas, ou não são pagas, mas os banqueiros são pagos em dia e antecipadamente. Defendemos a suspensão imediata do pagamento da dívida aos banqueiros e uma auditoria que, inclusive, possa apontar desvios e corrupção, ressarcir e colocar na cadeia quem os praticou.
10
Nós queremos que os conselhos populares tenham mais poder do que a Câmara de Vereadores, que os conselheiros sejam eleitos em assembleias populares nos bairros e possam ser revogados a qualquer momento, em qualquer assembleia mensal. Devem existir debates públicos, encontros e congressos com delegados eleitos nos bairros e regiões de toda cidade que, com as propostas previamente debatidas, definam o que fazer na cidade. Esses delegados serão obrigados a prestar contas regularmente nas assembleias. Os conselhos populares devem controlar e poder decidir sobre 100% do orçamento do município e sobre todo funcionamento da cidade.