A principal comunicação entre a gestante e o feto se dá por meio dela. É dali que nutrientes e o oxigênio da mãe são repassados ao futuro bebê. E porque, após o nascimento, não eternizar essa conexão de amor e carinho? É isso que os profissionais de saúde do Dom João Becker realizam ao confeccionar a “Arvore da Vida”, desenho original da placenta da mãe que vai para o papel e pode ser posteriormente emoldurado. Gestantes que dão à luz no hospital recebem a recordação que, além do desenho do órgão, contém informações sobre o parto e mensagens de afeto que vão ficar para sempre.
A lembrança é confeccionada em uma folha de papel que entra em contato com a placenta embebida em tinta guache. O desenho fica com o formato de uma árvore, com tronco, galhos e folhas. O tronco é o cordão umbilical, os galhos são as extensões dos vasos sanguíneos e as folhas o tecido placentário.
– A placenta é testemunha do início da vida e de tudo que ocorre no útero ao longo da gestação. Essa nossa ação é um agrado para as mamães que vão sempre lembrar de um período muito bonito em suas vidas – comenta o médico Breno Acauan Filho, coordenador do Serviço de Obstetrícia do hospital.
Para a equipe de enfermagem, a iniciativa auxilia no processo de humanização.
– Com a ação, registramos em forma de arte esse momento tão importante. Além do desenho, colocamos os dados do recém-nascido como data e horário do nascimento, peso e comprimento, além de palavras afetuosas – afirma a supervisora de enfermagem, Joicy Costa.
De acordo com ela, a técnica visa também criar marcas psicológicas positivas para a vida da mulher e sua família.
Julia Bernardes e Cauã vão ter motivos para sempre se lembrar desse elo de amor. Já perto de receber alta e começar e viver intensamente a maternidade, ela recebeu a sua recordação.
– Estou radiante, pois é algo único, que nunca ouvi falar! Um hospital que atende pelo SUS e me presenteia com um material tão lindo, que significa tanto pra mim! Cauã é tudo na minha vida – destaca a mamãe.
Júlia agradece também a toda equipe médica e de enfermagem que, segundo ela, fizeram se sentir “única e guerreira o tempo todo”.
Se depender dos profissionais de saúde do Dom João Becker, as “Árvores da Vida” e seus frutos vão continuar colorindo o Centro Obstétrico. Pois a busca por ainda mais humanização é constante no dia-a-dia de todos no hospital.