Após cinco anos de exílio, longe das fakenews mas bombando MC Carol nas raves com sertanejos não-universitários em Prometeus, uma das 67 luas de Saturno, el@ está de volta: siga na espuma da cerveja e na cinza do cigarro, as previsões para 2018 do Pai Merdanelles – com letra dupla para ajudar na numerologia
Um secretário vai cair.
Um secretário vai subir.
Vários continuarão onde estão, seja isso bom ou ruim.
Alguém não vai fazer nada.
Alguém vai fazer de tudo.
Alguém vai pedir um CC.
Alguém vai entregar um CC.
Alguém quando descobrir o que é CC vai querer também. Até ser.
O financiamento milionário vai ser liberado por um técnico. Restará esperar pelo outro.
O IPTU garantirá unanimidade ao governo no Centro. Até que se esqueça, como na Morada do Vale.
Será um ano de muitas obras. Antes, durante e depois das eleições.
O líder do governo na Câmara vai ser um homem.
Um vereador independente vai ser mais governista que os dependentes.
Um da oposição vai embarcar em todas que rendam curtidas.
Outro oposicionista dirá que faz e acontece, mas é mentira.
Um político mandará gente embarcar de iPhone para Cuba mas praticará o socialismo numa casa frequentada por casais.
Todos continuarão querendo comer o brioche uns dos outros.
Muitas sessões não passarão de crime ambiental pelo gasto de luz.
Um campeão receberá uma moção de parabéns.
Alguém que possa garantir uns votinhos também.
Algum político vai aparecer no Facebook com um troféu.
Esposa troféu também.
Ouviremos a voz de dois vereadores. No rodízio da leitura do trecho bíblico.
Que ninguém pague para ver se a CPI do Ipag acabará em pizza.
Ninguém pegará diárias, não por não querer.
Airton mostrará se é mais Leal ou Vasconcelos na presidência da Câmara.
Parlamentares continuarão maria-vai-com-as-outras da opinião pública. Mas só quando se trata de comportamento.
A Câmara continuará a mais careta desde Pinto Bandeira.
O Brasil tão caretão quanto.
Nenhuma exposição será fechada em Gravataí porque nenhuma exposição virá para Gravataí.
Alguma fenômeno das redes sociais, contando cadáveres em vez de buracos, começará a representar o voto de protesto contra Câmara. Eleita, trocará de carro.
Haverá grandes mudanças nos partidos. Mudanças de letras.
Na eleição as campanhas medirão a popularidade quando da chegada dos vigaristas.
Por 45 dias vai ter gente limpando ranho de criancinha e alcançando o copo de Guaravita morro acima.
Vai ter passe.
Vai ter graças.
Vai ter amém.
(Pomba gira sempre tem).
Cabos eleitorais continuarão sendo GreNal até a morte!
O Cláudio Ávila vai aparecer.
Um candidato a prefeito será até não mais ser.
Partidos ainda procurarão bons candidatos. Ricos, de preferência.
Um deputado defenderá o legado do governo.
Outro defenderá a si mesmo.
Todos pensarão bastante na família.
Meia dúzia passará calor discutindo a revolução em alguma garagem.
Candidatos continuarão dizendo o que querem fazer. Não o que vão.
O mentirômetro vai às alturas.
O bom mocismo será fashion.
O comércio de malas mostrará a reação de cada dois anos.
Empresários receberão visitas.
Almoços continuarão não sendo de graça.
Empresas de ônibus continuarão com itinerários à direita, à esquerda e pelo centro.
Para e por Jesus, dinheiro será pedido.
Os culpados serão os de sempre.
Um barbudo será condenado.
Vai ter bastante propaganda de picolé de chuchu.
Lula lá: ou no Planalto ou na Papuda.
Marina não será mais que um Silva.
Ciro? Nem conto por medo de apanhar.
Nos debates vão dar Boulos no PSOL.
Álvaro, nem em Dias, nem em anos.
Meirelles? Essa fica para o Walter Mercado prever.
Bolsonaro passará de mito a milagreiro, por unir Lula e Globo no 2º turno.
Enquanto alguém saca, Tiririca e os outros continuarão entretendo a plateia.
A Lava Jato vai virar vaporeto.
Sartori pode ir do Tumelero para o túmulo político, como todos os governadores que passaram.
Rossetto vai falar bonito na TV. Na urna, o golpe.
Eduardo testará se tem Leite apesar de Marchezan.
Gravataí continuará um Black Mirror para o Brasil de impeachments, impugnações e novas eleições.
Vai faltar água.
Vai faltar luz.
Alquimistas farão ouro da água.
Com braços de robô e incentivos, a GM vai acelerar a produção do carro elétrico.
A modernidade chegará ao Carrefour da 79 com o corte da compensação de horas trabalhadas em domingos e feriados.
A empresa de previdência privada do plim-plim vai bombar.
Poucos privilégios serão perdidos, muitos em nome da justiça.
A popularidade do presidente crescerá como a economia e ele sairá do centro da meta para o teto da margem de erro no ibope.
O mensageiro será morto várias vezes.
Poucos lerão além da manchete.
Poucos lerão.
Alguns lerão e não entenderão.
Às vezes será melhor não entender.
Gremistas continuarão chatos.
Colorados continuarão chatos.
O Galvão continuará chato.
Antes da Copa lembrarão do 7 a 1 de 2014 e esquecerão do 7 a 1 nosso de todos os dias.
Gratidão será a palavra desta noite até a Maria do Rosário ou o Bolsonaro aparecerem no Facebook.
Alguém atravessará a rua pro cabelo ruim.
Outro negro será preso.
Todas as mulheres serão desrespeitadas.
Gays apanharão.
O Serguei amará a árvore impunemente.
Um pobre falará como rico.
Um rico mentirá como um pobre.
Um machão teclará textão de duas linhas sobre Pabllo Vittar.
Amélia também, mas sobre Anitta.
Chico e Caetano serão xingados ao vivo mesmo.
Até serem usadas, as drogas estarão aglomeradas na gaveta das cuecas ou das calcinhas. Ou no escritório, ou na repartição pública, ou…
Nenhuma toga repousará em armário de prisão.
Algum Dr. Stockmann pagará o pênalti.
Muito cidadão de bem honrará capa da The Good Citizen.
E, para encerrar, o comportamento das gentes (políticos também) será a média do que você vai testemunhar daqui a pouco na sua ceia de Ano Novo.
Mais certo do que isso, só que a turma vai levar a crise para pegar uma praia e teremos Alba e Bordignon nas urnas, como todo ano tem Coelhinho da Páscoa e Papai Noel.
Que 2018 seja tua cara. É o que deseja o Pai Merdanelles!