RAFAEL MARTINELLI

As vontades ocultas nas notas do PL e do PSDB após reuniões de partidos de oposição em Cachoeirinha

Reunião do PL de Mano do Parque e João Dedão com o vereador Deoclécio, no momento em que acontecia reunião de Almansa

A reunião entre PT, PCdoB, PV, União Brasil, PSDB, Cidadania, PSB e Solidariedade no Hotel Alano, na segunda-feira, que reportei em Almansa aposta na política de ‘frente ampla’ de Lula para enfrentar Cristian em Cachoeirinha; O MarxDonalds, a mesa e o menu, provocou reações no PL e PSDB.

Reproduzo as notas enviadas ao Seguinte: pelos dois partidos e, abaixo, sigo.

Primeiro, a nota do PL, assinada por Rafael Pohaleski, diretor de comunicações do partido.

“(…)

O PL recebe com estranheza a matéria do Seguinte:, pois no mesmo momento em que ocorria a reunião do vereador David Almansa, o PL conversava com o vereador Deoclecio Mello e o empresário João Dedão, do CFC.

O PL não admite servir de “menu” na mesa como relatou o repórter Rafael Martinelli. Pretende lançar candidatura própria para apresentar uma proposta verdadeiramente de Direita para o município. E, para isso, tem conversas avançadas com membros do Novo e do PSDB.

Reafirmamos a posição do partido EM NÃO REALIZAR COLIGAÇÃO COM O PT, mas também não aceitaremos de forma alguma colocar em risco o município de volta às mãos do PT e PSB de Stédile e Almansa, partidos estes que já comandaram este município e na visão do PL deixaram a ‘pobre, rica Cachoeirinha’ neste buraco”.

(…)”.

Agora a nota do PSDB.

“(…)

Em atenção a menções sobre o futuro do PSDB Cachoerinha, no que refere as eleições municipais, importante ter esclarecimento dos fatos:

A Presidente municipal do partido PSDB de Cachoeirinha Aline Mello, vem através desta reafirmar que o partido PSDB terá candidatura própria, pois o PSDB a nível estadual tem o objetivo de ter candidaturas próprias em um maior número de cidades possíveis.

Entretanto, estamos participando de conversas com TODOS os partidos, sempre deixando claro nosso posicionamento em participar de uma chapa majoritária e que qualquer que seja a decisão futura sobre uma composição ou não será com o aval da executiva estadual.

Todas as reuniões realizadas em que participou ou estiveram presentes representantes do PSDB, sempre foi colocado esse posicionamento, quanto a participação na majoritária.

O interesse do PSDB Cachoeirinha é contribuir com o crescimento e expansão da cidade, bem como com a qualidade de vida dos munícipes, qualquer que seja seu direcionamento futuro. Ao nosso lado queremos somente aqueles que estão dispostos a fazer a diferença e principalmente quem tenha valor e não preço, como diria o colega de partido Tales!

Como presidente do PSDB, prezo pela transparência acima de tudo e enquanto estiver à frente do partido não aceitarei qualquer fala contrária. E deixo um recado para aqueles que gostam de fazer suposições e falar o que não tem conhecimento: Se não sabe, pergunta!

(…)”.

Sigo eu.

Sou responsável pelo que escrevo, não pela cognição de cada um ao ler. Mas vamos lá explicar: em nenhum momento informei que coligações estavam fechadas, apenas reportei presenças à mesa e os potenciais cenários eleitorais na disputa pela Prefeitura de Cachoeirinha em 2024.

Também não cabe a mim proteger ninguém de alguma suposta vergonha quando articulações políticas restam públicas.

Sigamos nas notas partidárias.

O que interpreto da nota do PL é que, se o partido não tiver candidatura própria, pode apoiar a reeleição de Cristian – que não recebeu nenhuma crítica no texto enviado pelo partido do vereador Mano do Parque.

Parece-me incontestável o trecho: “não aceitaremos de forma alguma colocar em risco o município de volta às mãos do PT e PSB de Stédile e Almansa, partidos estes que já comandaram este município e na visão do PL deixaram a ‘pobre, rica Cachoeirinha’ neste buraco”.

Já a nota do PSDB, salvo melhor juízo, comunica que, caso não tenha candidatura própria, o partido ‘tá pra jogo’ caso indique a vice.

Também entendo um interpretação incontestável frente ao trecho: “estamos participando de conversas com TODOS os partidos, sempre deixando claro nosso posicionamento em participar de uma chapa majoritária e que qualquer que seja a decisão futura sobre uma composição ou não será com o aval da executiva estadual”.

Ao fim, esse ninguém-é-de-ninguém pode restar ‘Dos Grandes Lances dos Piores Momentos’ para quem não conhece política, mas é a Real Politik.

De um lado o PL, de um dos vereadores mais oposicionistas, praticamente identificando o apoio a Cristian como plano B, caso o partido não tenha candidatura própria.

De outro, o PSDB – e NO MESMO DIA E HORÁRIO! – em reunião com o PT de Lula e o PL de Bolsonaro.

Ao fim, é da política. E crime não há. Política se faz conversando. Ano eleitoral é também ano de estreitamento de inimizades.

(Cristian sorri).


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