Está marcado para esta quarta-feira, 6 de agosto, no Fórum de Cachoeirinha, o início do julgamento do homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) de assassinar o avô e a avó em fevereiro de 2022. O réu, neto de Rubem Affonso Heger e Marlene dos Passos Stafford Heger, responderá por dois homicídios duplamente qualificados, ocultação de cadáver, fraude processual, resistência e maus-tratos a animal doméstico. A sessão será conduzida pelo Tribunal do Júri e tem previsão de durar dois dias.
Segundo a denúncia do MPRS, o crime foi cometido pelo neto com a participação de sua mãe — filha do casal — na residência das vítimas, localizada na Vila Carlos Antônio, em Cachoeirinha. O promotor de Justiça Caio Isola de Aro atuará na acusação.
De acordo com o inquérito, no dia 27 de fevereiro de 2022, mãe e filho mataram os idosos dentro de casa. Para dificultar a descoberta do crime, bloquearam a garagem com colchões e colocaram os corpos no interior de um veículo. Em seguida, ocultaram os cadáveres. A cachorra do casal também foi morta e jogada em uma caixa de gordura. A motivação dos crimes, segundo o Ministério Público, teria sido financeira.
Ambos os denunciados estavam presos preventivamente desde maio de 2022. A mulher, mãe do réu e filha das vítimas, faleceu em março deste ano, antes de ser levada a julgamento.
Inicialmente, o júri havia sido marcado para novembro de 2023, mas foi suspenso após uma delação do réu. Ele revelou que os corpos dos avós foram queimados em uma churrasqueira, utilizando lenha e carvão, o que levou à realização de novas diligências.
O caso, que chocou a comunidade local pela brutalidade e pelo envolvimento de membros da própria família das vítimas, deve ser decidido por sete jurados populares.