SAÚDE

Gravataí realiza ciclo de capacitações para melhor atendimento à comunidade LGBTQIA+

A Secretaria da Mulher e Direitos Humanos (SMDH) de Gravataí, por meio da Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+, iniciou, no dia 4 de novembro, um ciclo de capacitações direcionado aos profissionais dos laboratórios conveniados ao SUS no município. O objetivo é promover um atendimento mais acolhedor e respeitoso à comunidade LGBTQIA+.

As capacitações abordam temas como acolhimento, respeito à identidade de gênero e os direitos da população LGBTQIA+. Além disso, são apresentadas as iniciativas da Assessoria para promover a inclusão e a igualdade de direitos em Gravataí.

O ciclo de capacitações nos laboratórios conveniados se encerrará na próxima semana. A partir de novembro, será iniciado um novo ciclo, desta vez direcionado às Unidades de Saúde do município, com previsão de cobertura para todas as unidades até o final de dezembro. Durante essas capacitações, a equipe da Assessoria de Políticas Públicas realizará palestras e ações educativas com o objetivo de sensibilizar os profissionais da saúde.

Fortalecimento da Inclusão e Combate à Discriminação

A secretária da SMDH, Analu Sônego, destaca a importância dessas ações para o fortalecimento do amparo à comunidade LGBTQIA+. “O combate à discriminação passa pela disseminação do conhecimento. É fundamental que todos, especialmente os profissionais que prestam serviços à população, tenham consciência dos direitos da comunidade LGBTQIA+ e saibam como oferecer um atendimento digno e respeitoso. Só assim poderemos construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, afirmou.

Liniker Fraga, assessor de Políticas Públicas LGBTQIA+, reforçou a necessidade de se levar informações e capacitação para os espaços públicos. “Infelizmente, ainda há muitos casos de pessoas trans que não são tratadas pelo nome social, o que afeta diretamente sua autoestima e alimenta as experiências de preconceito. Mesmo que os profissionais não tenham intenções discriminatórias, a falta de preparação para lidar com as especificidades do atendimento a pessoas trans e LGBTQIA+ pode resultar em ações indesejadas e prejudiciais”, explicou Fraga.

Troca de Experiências e Práticas Respeitosas

A estagiária de Serviço Social da Assessoria, Sam Tomaz, comentou que as capacitações estão promovendo uma rica troca de informações entre os funcionários de atendimento. “Esses momentos de troca são essenciais para que possamos criar soluções práticas que garantam o uso do nome social e um tratamento respeitoso a todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual”, afirmou Sam.

Ela também ressaltou a relevância de levar informação e sensibilização a todos os espaços públicos. “Muitos profissionais, embora bem-intencionados, não sabem como agir de forma respeitosa com a comunidade LGBTQIA+. Por isso, o objetivo das capacitações é justamente proporcionar esse conhecimento, para que a sociedade como um todo seja mais justa e respeitosa com todas as pessoas”, concluiu.

Sobre a Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+

Criada durante a gestão do Prefeito Luiz Zaffalon, a Assessoria de Políticas Públicas LGBTQIA+ desempenha um papel fundamental na promoção e implementação de políticas públicas voltadas para a comunidade LGBTQIA+ de Gravataí. Além de articular políticas que atendam às necessidades dessa população, a Assessoria realiza um mapeamento contínuo da comunidade, com mais de 100 pessoas cadastradas até o momento.

O objetivo da Assessoria, segundo Liniker Fraga, é estabelecer um diálogo constante entre a comunidade LGBTQIA+ e o poder público, a fim de garantir que suas demandas sejam atendidas. “Nosso trabalho é para que a sociedade de Gravataí se torne cada vez mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, respeitando as diferenças e promovendo igualdade de direitos”, explicou Fraga.

“Gravataí está em crescimento e desenvolvimento, e é fundamental que essa evolução também passe pela construção de uma cidade mais justa e respeitosa com todas as diversidades, incluindo as orientações sexuais e identidades de gênero”, completou.

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