josé rosa na câmara

Atira pedra no Zé

Vereadores não gostaram nada da manifestação do presidente do Sindilojas ontem na Câmara. E cobraram de José Rosa o que classificam como "indignação seletiva", enchendo Geni de pedras – como na música de Chico Burque

 

Os vereadores não encararam numa boa a fala do presidente do Sindilojas, José Rosa, que criticou com dureza ontem na Tribuna Popular da Câmara o reajuste auto-concedido aos parlamentares.

Depois do puxão de orelhas no púlpito da própria casa, partiram para cima de José Rosa. Uns mais duros, outros mais brandos. Até quem foi contra o 'engorde' criticou a atitude do presidente.

– É uma indignação seletiva. Achei a fala desproporcional, inconveniente e inadequada. E isso que eu nem votei a favor da reposição – comentou o vereador Carlito Nicolait, do PSB, que se absteve durante a votação seguindo orientação partidária.

Dimas Costa, do PSD, foi no embalo. Ele lembrou momentos recentes da política que não tiveram o mesmo tratamento dispensado ao reajuste da Câmara por parte da direção do Sindilojas.

– Onde estava a entidade quando votamos aumento de cargos no governo, aumento de salários para secretários, o aumento do ITBI?

Dilamar Soares, também do PSD, lembrou como um vereador é chamado em todo o canto da cidade, fora de hora às vezes, e que o trabalho de cada um deveria ser lembrado quando se faz uma crítica generalizada como disse que a do Sindilojas estava sendo.

– Vou convidar a todos para acompanhar o caminhão do lixo às quatro da manhã quando for chamado na comunidade.

Dimas e Dilamar foram contrários ao aumento.

Juarez Souza (PMDB), Paulo Silveira (PSB), Clebes Mendes (PMDB) e Márcio Souza (PV) também não gostaram da atitude de José Rosa e foram à tribuna ou apartearam um ao outro para dizerem o que pensam.

O Sindilojas promete dar seguimento à sua crítica ao aumento dos gastos públicos, especialmente sobre os salários dos parlamentares. Nos próximos dias, a Câmara deve votar o que vão ganhar os vereadores da próxima legislatura, que começa em 1º de janeiro do ano que vem. A entidade vai pedir que os vereadores mantenham o salário no patamar que está hoje, sem reajuste.

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