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Bancos digitais, uma novidade que está arrebatando fãs

Quem tem conta bancária sabe: paga tarifas que não remetem a nada, enfrenta fila em agências, precisa tirar até os rins para que a porta giratória libere o acesso.

Falando nisso, nas últimas semanas tive um constrangimento com essa tal porta em uma agência do “banco azul e laranja” ali em Gramado. Apesar de ter colocado todos os meus pertences na caixa coletora da porta, ainda me restava uma sacola na mão que tinha algumas latas de refri vazias.

O segurança de lá com toda a sua arrogância (alguns acham que são da equipe do Capitão Nascimento) fez questão de conferir a sacola, mas isso não evitou meu estresse e que discutíssemos. Ele disse que quando terminasse seu expediente na agência queria acertar umas contas comigo. Parecia aluno da sexta série com o “vou te pegar na saída”. A essa hora, o segurança acertou suas contas com o próprio chefe, pois eu denunciei a atitude dele para a empresa na qual trabalha, e a pessoa que me atendeu não gostou de nada do que ouviu… E você? Já passou raiva na agência do seu banco? Se sim eu trarei na coluna de hoje uma alternativa a isso. Vamos lá!

 

Fintech

 

Esse termo quer dizer finanças com tecnologia. Na tradução que eu mesmo fiz seria: aplicativo + serviços bancários. No ano passado o Banco Central do Brasil autorizou essa modalidade bancária, que já é comum nos Estados Unidos e Europa onde existem poucas agências de banco. Com isso nasceram algumas fintechs como Banco Original, NuBank, Intermedium, Banco Neon entre outros. Cada banco desses tem suas próprias regras comerciais, mas geralmente eles não cobram mensalidades e fornecem cartão de crédito sem anuidade. Também é oferecido transferências entre contas, empréstimos, pagamento de contas, ou seja, tudo o que os bancos tradicionais têm, as fintechs também disponibilizam pelo aplicativo.

Cabe ressaltar que o Banco Central regula essas operações e com isso os bancos digitais também podem recusar cadastros e negar concessão de crédito para os clientes se valendo de critérios próprios, que são subjetivos.

Não existe segredo para tanta vantagem assim. Desde os primórdios do e-commerce sempre se soube que vender pela internet é uma coisa lucrativa para as empresas, pois elas não precisam dispor de espaço físico (uma loja), não precisam contratar muitos funcionários e se pegar só esses dois itens, o resto das despesas já vai baixando. Aí o valor final do produto sai mais em conta do que comprar em uma loja física (que já precisa bancar o que eu comentei antes) e quem ganha é o consumidor final. A lógica das fintechs não deixa de ser a mesma, elas não precisam abrir várias agências e contratar vários funcionários porque o aplicativo já é uma agência. Uma agência que só custa uma estrutura de TI para os bancos digitais que é muito inferior aos custos que um banco tradicional tem com seus vários endereços físicos.

 

Bradesco, Itaú e Banco do Brasil partem para o ataque

 

Cientes de uma possível migração de clientes para as fintechs, os bancos tradicionais também resolveram entrar nessa e passaram a permitir que os clientes abrissem conta no app e movimentasse ela por lá, sem precisar ir nas agências. Itaú e Banco do Brasil tem um processo de abertura semelhante e o cartão chega em casa pelos Correios. Já o Bradesco criou o Next, que tem a proposta que mais se aproxima das fintechs. A marca Bradesco pouco aparece na Next e a ideia é mesmo de movimentar a conta pelo aplicativo, usando o Bradesco somente para depositar e sacar dinheiro.

É interessante observar que os bancos parecem ignorar o NuBank (que oferece apenas cartão de crédito sem anuidade) e continuam a oferecer cartões com altas tarifas como já vem ocorrendo há muito tempo.

 

Banco Original

 

Como já explicamos, sua agência de um banco digital é o aplicativo. Você resolverá tudo por lá e por isso não listaremos aqui as funções de cada aplicativo.

Como eu, colunista, abri uma conta no Banco Original e posso dizer que não fiquei animado em usar os serviços ainda. Para fazer um depósito é necessário fazer uma transferência TED de outra conta (paga-se tarifas por isso) ou fazer depósito por cheque. Tenho 24 anos e não sei como se preenche um cheque ainda. Não é do meu tempo. Mas o resto eu me adaptaria numa boa. O problema é que sem a mascada na conta não faria sentido abrir o aplicativo, pois não daria para fazer nada.

A abertura é feita digitando dados pessoais, fazendo uma foto e um vídeo. Isso passa por uma análise do Original e pode ser liberada ou não. Depois eu recebi um cartão MasterCard Gold sem função crédito habilitada. É bom salientar que com frequência as fintechs negam crédito e segundo eles, não necessariamente isso quer dizer que é problema de restrição ao crédito, e sim os tais “critérios internos” que não são do conhecimento da maioria. A orientação é para movimentar a conta para que seja feita uma reavaliação depois.

 

Minha opinião:

 

O serviço está crescendo e ainda há o que melhorar. Por que você não escolhe um dos bancos para ver se gosta? O fechamento de uma conta é feito pelo aplicativo também caso não goste.

Até a próxima!

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