Aposentado desde 2014 depois de 21 anos seguidos como administrador geral a gestor de Recursos Humanos de uma empresa do ramo metalúrgico, João Antônio da Silva Neto vive hoje em uma confortável casa no bairro Santa Cruz, em Gravataí, com a esposa Denise e a neta Alice, de oito anos. Tem cachorros, verduras, árvores frutíferas e muitos, – mas muitos mesmo! – livros. De várias vertentes, nacionais e estrangeiros.
Pelo nome, assim, nem no meio literário vai ser facilmente reconhecido. Mas se for usada a forma reduzida do nome adotado – Borges Netto – não faltará quem saiba quem ele é! Poeta, contista, cronista, romancista, é autor de 23 livros já publicados, tem participação em 11 coletâneas e já tem novas obras no prelo, como se dizia antigamente quando um livro estava por ser impresso.
O primeiro livro que escreveu, Muralha de Cristal, foi lançado em Canoas, no ano de 1984, e teve uma segunda edição 20 anos depois, em 2004. Já seu último trabalho é Longe de Casa, composto por crônicas de uma viagem que realizou com a mulher por alguns países europeus, como Itália, França, Suíça e Inglaterra. Por lá, esteve em cidades escolhidas “na ponta dos dedos”, principalmente pelo simbolismo histórico.
De mudança
O Borges Netto que nasceu João Antônio da Silva Neto em 26 de julho de 1957 vai completar 62 anos neste mês. Pai de três filhos do primeiro casamento e de mais um, Felipe, da união com Denise, falecido em 2012, é um devorador de livros. Diz que lê em média quatro livros por mês e que onde vai tem sempre, pelo menos, dois exemplares sob o braço.
— É para passar o tempo. Quando tenho que esperar a neta em uma aula ou a Dê (Denise) em algum lugar, leio. E levo dois porque, as vezes, a gente está mais inclinado a ler um ou outro, então já estou prevenido — contou o escritor na conversa que teve com a reportagem do Seguinte: em sua quase ex-moradia, que habita há uns bons 30 anos, ou pouco mais.
Ops! Como assim, quase ex-moradia?
É que Borges Netto e Denise planejam mudar para o litoral de Santa Catarina até o final do ano onde o casal até já tem uma casa na praia de Gaivotas. Por exemplo, dos cerca de 7 mil livros que mantinha em sua biblioteca em Gravataí, 4 mil já foram levados para o estado vizinho. Outros três mil foram descartados, doados para bibliotecas particulares ou públicas, escolas, para amigos, entre outros destinos.
Um pouco da vida
O marido de Denise Monica Jorge, uma paulistana (quem nasce na capital de São Paulo é paulistana!) e palmeirense (estava com roupas verde no dia em que a reportagem esteve com o casal, a cor que identifica o time do Palmeiras), gosta mesmo é de escrever, sem a predominância de um determinado estilo. Passeia, por assim dizer, em textos que podem ser um romance, conto ou crônica. Claro, faz poemas!
Seus primeiros ‘escritos’ foram publicados quando ainda morava em Canoas, nos jornais O Timoneiro (que ainda existe naquela cidade) e O Fato Ilustrado. Voltou à aldeia dos anjos em 1989, depois de morar também em Sapucaia do Sul e – por cinco anos – em Cotia, interior de São Paulo, e na capital dos paulistas. Isso, depois de servir às Forças Armadas, mais precisamente ao Exército, em 1976.
O filho de Ary Costa da Silva e Nercy Maria dos Santos Silva, quando deixou as fileiras militares resolveu também abandonar a roça. Justo ele, irmão do meio de uma prole de sete rebentos, sendo três meninas e quatro meninos, nascido nas dependências dos empregados que cuidavam da criação de animais na fazenda do “seo” Pompílio Gomes, onde hoje é o Parque Dom Feliciano.
CURIOSIDADES
1
O cenário em que viveu, o meio rural, e suas nuances, são presenças constantes em passagens que compõem os livros que escreve.
2
Algumas capas de suas obras são feitas com fotografias de pessoas próximas, como a esposa Denise e a neta Alice.
3
Ou de pinturas como do amigo Darci Nardini (em O Romance de Gravataí), de quem tem pelo menos sete trabalhos expostos em uma das paredes de casa.
A amante…
Um dos livros produzidos por Borges Netto e que teve maior repercussão, tanto que já está em sua terceira edição, é A Amante do Rincão da Madalena, um romance publicado pela primeira vez em 1998. Por ter um título instigante e citar uma localidade de Gravataí, acaba sendo o seu trabalho mais vendido em cada Feira do Livro que participa, na cidade.
O enredo, ele prefere fazer mistério e sugere que as pessoas em que a curiosidade se manifestar, leiam a obra. Na capa, a foto da esposa Denise especialmente produzida para ilustrar o trabalho do marido. Aliás, imagem que suscitou um comentário maldoso, e jocoso, quando Borges Netto participava de um evento em Esteio.
— Que descarada! Não teve vergonha de aparecer — comentaram duas mulheres, mais ou menos com estas palavras, sobre a figura de Denise encimada pelo título do livro.
Na sinopse no livro, pouco entrega:
“Apaixonado por sua cidade natal, o autor faz de Gravataí o palco para suas narrativas. Desta vez o romance está ambientado no Rincão da Madalena, uma área privilegiada, possuidora de belezas naturais, matas, olhos d’água, morros, a poeira e a sinuosidade da estrada de chão batido.
É o cenário perfeito para se desenrolar um romance com a cara da cidade. Na tentativa de afastar a filha adoentada do grande centro para viver uma vida menos agitada e menos poluída, trocando São Paulo por Gravataí, ela renasce para a vida, redescobre sentimentos há muito aprisionados pelas normas sociais”.
O clube
No ano de 1998 Borges Netto fundou o Clube Literário de Gravataí. Foi o segundo grupo de literatura que criou na cidade. Com seu apoio e participação surgiram outros clubes literários como o de Cachoeirinha, do Jardim Ipiranga em Porto Alegre, em Canoas e um segundo clube em Gravataí, na Morada do Vale I (atualmente sem atividades).
Borges se destaca pela preocupação que tem em incentivar pessoas, amigos e seguidores, a mergulharem no mundo literário. Ele mesmo se classifica como batalhador incansável pela manutenção de recitais como parte da cultura “que não pode ser atropelada e ficar para trás, compondo um triste quadro saudosista dos bons tempos em que o amor era uma palavra que estava na moda”.
Confira no vídeo abaixo (clique na imagem) o bate-papo do autor Borges Netto com a reportagem do Seguinte:.
SUAS OBRAS
Muralhas de Cristal
Poesia – 1984
Este primeiro livro é o resultado da participação na 1ª Mostra Cultural de Canoas naquele ano, onde atuou com folhetins. A abertura deste evento, que atraiu milhares de pessoas ao Capão do Corvo (hoje Parque Municipal Getúlio Vargas) teve seus versos na abertura: “Erguendo os braços ao céu/Sei que não vou abraçar a felicidade/Mas pelo fato de possuir as estrelas/Entre os dedos/Me encorajo”.
Jogos de Calçada
Poesia – 1989
Poemas com realidade sempre viva, romântica e pulsante, impossibilitando qualquer relação com época, pois faz parte da vida. Os leitores não têm dificuldades em desvendar todo mistério das entrelinhas, a magia, as molecagens, os jogos de calçada, as insanidades, os sonhos, os amores… Tudo o que a vida é capaz de criar para que alguém sinta o desejo de acordar na manhã seguinte para comemorar, ou tentar se erguer outra vez.
Foi Assim…
Contos – 1989
O cotidiano está sempre presente trazendo detalhes que passam despercebidos pelos apressados cidadãos dos nossos dias, capturados pela ótica do autor que faz destas situações o elo entre a utopia e a realidade. São 26 pequenos contos escritos nos anos de 1980. Neles o autor não se preocupa em reproduzir a vida como consequência do cotidiano, mas traz fatos isolados, ao acaso, em situações que beiram o absurdo e com um toque de humor. Dentre os contos considerados sérios, destaque para Anjos do Quintal e Estranhos Fenômenos de L. Este último, reaproveitado com nova reportagem em O Jardim Chinês de Pu-Uan.
O Lorde do Casarão
Romance – 1990
Com a chegada da aposentadoria o personagem resolve fazer uma mudança radical em sua vida. Vai sair de seu pequeno povoado, onde atua como padeiro, para realizar o sonho de desvendar a cidade grande. Busca com isso um significado para seus 51 anos vazios, de acordar cedo e de enfrentar muito trabalho, onde ao menos teve tempo para conquistar uma companheira que justificasse todo este esforço. Está disposto e motivado. Impossível não sair-se vitorioso. Na cidade grande descobre que sempre é possível recomeçar.
Erosão
Romance – 1991
Refugiada em seu sítio ao pé do morro do Itacolomy, uma artista plástica pinta telas ligadas a sua rotina. Tem por companhia a amiga e secretária que lhe organiza as atividades e administra as tarefas daquela área rural. Levam uma vida simples e envolvente. Os maus tratos com a terra ao longo de sua exploração comercial provocaram uma imensa erosão que ameaça engolir tudo. Com o aparecimento do terceiro personagem, que chega com a proposta de recuperar a terra, suas vidas são envolvidas em uma imensa erosão.
Limites de Segurança
Romance – 1991
O local está parado no tempo. As casas são muito antigas. As vias de escoamento inadequadas e o ânimo dos moradores comprometido. É o cenário perfeito para quem tem muitos planos. Ele quer conhecer cada morador, cada atividade. Quer trazer a modernidade sem agredir aquele cenário. Para tanto precisa enfrentar as convenções locais. Mas tudo isso pode ser perdido quando encontra o Clube do Tigre e sua mais famosa frequentadora, uma mulher misteriosa e passional que o resgata de suas carências. E põe em risco seus objetivos e a ultrapassar seus Limites de Segurança.
O Cantor
Romance – 1995
A autêntica canção do final de noite, que narra a trágica vida de homens enganados e desiludidos, que se perdem nas madrugadas de bares noturnos, acompanha a trajetória alegre do narrador. Este pequeno romance, quase um conto, serviu como base para outro título: Canção para Ana, onde os mesmos personagens atuam e se envolvem com o ato de produzir literatura.
Passeio, A Crônica de Uma Vida
Crônicas e poemas – 1996
O autor junta sonhos e realidades, com frases sem rima ou compromisso que identifique uma corrente literária. Da juventude às companhias femininas. Despreocupado em resguardar uma imagem suave, pública ou religiosa. Não se importa com o calendário que dia após dia cristaliza os sentimentos, até tornar impossível que a emoção pura, simples e ingênua se mostre. Autor e obra se confundem. Cada dia é parte de um passeio. Acompanha a vida como um diário, dá nomes, assume desejos e os realiza no papel, transmitindo com fidelidade cada ponto, cada caminho no emaranhado da vida.
Um Deserto Logo Ali
Romance – 1997
Sua trajetória é marcada profundamente pelos encontros, ainda adolescente, entre os capinzais de Gravataí. De educação rural, ele tem urgência de viver e perturba-se ao chegar à cidade grande, descobrir seus vícios na companhia de uma prima e encontrar um mundo novo e coisas surpreendentes, porém traz na lembrança a paixão pelo amor adolescente, que o impede de completar-se como indivíduo.
A Amante do Rincão da Madalena
Romance – 1998
Apaixonado por sua cidade natal, o autor faz de Gravataí o palco para suas narrativas. Desta vez o romance está ambientado no Rincão da Madalena, uma área privilegiada, possuidora de belezas naturais, matas, olhos d’água, morros, a poeira e a sinuosidade da estrada de chão batido. É o cenário perfeito para se desenrolar um romance com a cara da cidade. Na tentativa de afastar a filha adoentada do grande centro para viver uma vida menos agitada e menos poluída, trocando São Paulo por Gravataí, ela renasce para a vida, redescobre sentimentos há muito aprisionados pelas normas sociais.
Maricás Floridos
Poesia – 2001
Com este título o autor procura amenizar a rejeição aos maricás, árvore espinhenta e incômoda que se alastra com rapidez indesejável. Presente no imaginário popular, diz a crendice que ao florir no início de fevereiro é prenúncio de inverno rigoroso. Na ótica do autor a espécie é merecedora de admiração ao se revestir de flores e perfumes, capazes de atrair uma gama de insetos e compor na natureza um canto de amor e poesia.
O Jardim Chinês de Pu-Uan
Contos -2004
São 13 histórias emocionantes, selecionadas para compor este livro. Apenas uma delas se passa no famoso jardim. As demais compõem a trajetória da vida do menino criado no bairro Bom Sucesso, em Gravataí, e que, na fase adulta, adora passeios noturnos na região metropolitana. Quando a idade chega, refugia-se em Canoas e passa a ser o observador que dará ao autor os subsídios para a narrativa.
Solto no Ar
Monólogo – 2006
Tendo como base o poema “Paixão”, o autor desenvolve em oito páginas este monólogo para atender a encomenda de uma esquete teatral poética. Os elementos utilizados são as paixões, a identidade, confissões e rejeições, tendo em foco a busca de importante complemento da vida: o amor. Impossível não considerar o conteúdo como um desafio. E o desafio foi brilhantemente vencido. O resultado atendeu a encomenda.
Moça Triste na Janela
Poesia – 2006
Despreocupado com métrica ou estética, e apenas registrando seus sentimentos, o autor traz a tona suas angústias e alegrias, com poemas escritos a partir da observação da vida e da natureza. Neste livro encontramos um autor despreocupado com o resultado que se pretende numa publicação. Quer apenas escrever. Nada é mais importante. Como se uma nova fase tivesse início. Como não podia deixar de ser, o amor ainda é o maior protagonista.
Max, O Príncipe Guerreiro
Romance – 2007
Uma mãe com a difícil tarefa de informar a sociedade a dificuldade e a luta para dar qualidade de vida ao filho portador de meningomielocele, além de outras complicações. Foram 14 cirurgias até a publicação deste livro. Desde o nascimento de Maximilian, registrou num diário a sua dor e sua luta, para evitar perder qualquer detalhe que pudesse ser importante no momento que conseguisse alguém para contar sua história.
O Romance de Gravataí
Romance – 2009
Tudo começa com uma carta informando que um compromisso assumido na juventude, uma tela pintada sob encomenda, fora localizada. Os dois amigos tornam a se encontrar e resgatam o passado num romance que reúne um poeta e um artista plástico, suas dúvidas, suas afirmações, suas buscas para alcançar as verdades, apesar da condição humana. São diálogos simples que atingem os dilemas mais urgentes da aventura diante do amor.
Quatro Livros de Poemas
Antologia Poética – 2010
Reviver velhos poemas é como retornar à casa paterna e percorrer mais uma vez os caminhos, da infância à fase adulta. Os primeiros passos, as descobertas, as decepções, e a alegria de viver. Com este espírito o autor juntou seus quatro livros de poemas, Muralhas de Cristal, Jogos de Calçada, Maricás Floridos e Moça Triste na Janela. Reviu cada verso. Alguns foram mantidos. Estão intactos. Outros sofreram mudanças na busca de uma atualização poética como autor, dono dos próprios sentimentos, numa adequação ao aprendizado e ao amadurecimento.
No Abismo de Rosas
Romance – 2012
A história é real. O personagem vai reviver importantes etapas da vida de Pedro Paulino, violonista e mecânico sem, no entanto, ser biográfico. Narrado a partir de um acidente de trânsito, dali são resgatadas as fraquezas da juventude e as situações que culminaram com a formação do caráter deste que foi um importante membro da comunidade gravataiense. Impossível não se encantar com a infância atípica, a rebeldia da adolescência, e as descobertas da vida adulta.
Das Coisas de Pouca Importância
Crônicas – 2014
Num ritmo fluente e exato o autor ingressa no mundo das lembranças de uma forma intimista. E traz à tona a vida difícil da agricultura, a admiração pelos pais, a descoberta da literatura, que deslumbraria sua vida, e o amor. É sua vida contada em forma de crônicas. Apresenta amigos, brincadeiras de infância, os ídolos, e revela como se deu o encontrou com a literatura, A narrativa vai de seu nascimento à aposentadoria. Sem sombra de dúvidas serve como material de estudo para acompanhar cada passo que o direcionou para a escrita.
Poemas em Si Menor
Poemas – 2016
Estes Poemas em Si Menor assinalam a aproximação do autor com a poesia pura, das imagens em todos os versos, da forte ampliação do significado. Além disso, resgata lembranças e reflete sobre a vida. O autor amplia todas as qualidades que já havia mostrado nas primeiras antologias. Nele expande o número de figuras de linguagem, inspira-se mais uma vez na natureza e convida a amada para uma longa conversa cheia de imagens.
Canção para Ana
Romance – 2016
Já idoso, o personagem tem como tarefa escrever a própria história. Para isso precisa visitar o passado e trazer à tona seus sentimentos perdidos, a meiguice da infância e as descobertas na adolescência. A história, comprada por um editor que lhe dá dicas de como escrever, vai se emaranhando nas dificuldades de uma boa narrativa literária. Com isso o autor transmite seu método de trabalho, sua dedicação com os diálogos, sua extrema exigência com a leveza dos parágrafos e a busca incansável da melhor palavra para se expressar.
Eu Tinha Uma Boneca Encantada
Romance – 2017
As melhores palavras foram buscadas para narrar o desejo de Maria Elocir em transmitir à comunidade sua luta pela vida. Cenas tempestuosas, que ofendem e torturam, e abordagens para evitar pareceres de certo ou errado foram evitados por tratar-se de um tema muito difícil. Para a narrativa o autor visitou o próprio passado. Trouxe as práticas na lavoura, o encantamento com os vagalumes, o abate no matadouro, e o Caminhante do Infinito, lenda de sua infância. O texto foi considerado pelo autor um sublime exercício literário onde foi possível utilizar todos os recursos para que a narrativa caminhasse com segurança e evitasse as más interpretações.
Longe de Casa
Crônicas – 2018
Um livro sem a pretensão de impressionar. São apenas crônicas de um roteiro de viagem pela Itália, Suíça, França e Inglaterra. É o sonho de infância realizado. Para quem tem o hábito da escrita, e encantado com tudo o que viu, foi impossível não reunir numa edição. Junte a isso a pesquisa histórica, fatos e curiosidades das cidades visitadas, e publicar este livro.
Participação em coletâneas
Quando as Folhas Caem – Coletânea de Sangar Vidal – 1985
Escritores de Gravataí em Prosa e Verso – volume I – 1994
Escritores de Gravataí em Prosa e Verso – volume II – 1995
O Gravatá – volume I – 1997
1º Concurso Paulo Fink e Neto Saldanha de Literatura – 1997
O Gravatá – volume II – 1999
Causos, contos e crônicas da ALG (Associação Literária de Gravataí )- 1999
Escritos II – 2009
Amigos das Letras – 2011
Coletânea Literária – 2012
Livros que falam de sua obra
Natureza da Palavra em Borges Netto, Eduardo Jablonski, 2014
Escritores Contemporâneos de Gravataí, volume I, Eduardo Jablonski, 2016
Escritores Contemporâneos de Gravataí, volume II, Eduardo Jablonski, 2018
Raízes de Gravataí, tomo III, 2011
O que vem por aí
– Batalhão Gravataí, romance, já está na gráfica para impressão.
– A Gata Carmelita, contos
– Uma noite Acampados, crônicas