SEGURANÇA

Cachoeirinha está entre as 10 cidades mais violentas do RS contra população LGBTQIAPN+

Em maio, estudante de ciências sociais Ariela Nascimento foi agredida em um bar, no RJ

Cachoeirinha figura entre as 10 cidades mais violentas do Rio Grande do Sul contra a população LGBTQIAPN+, segundo dados divulgados pela Ouvidoria Nacional do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O município já soma 41 casos registrados até 29 de setembro de 2025, número que o coloca ao lado de São Leopoldo e Pelotas no ranking estadual.

No total, o Rio Grande do Sul contabiliza 1.407 ocorrências neste ano, em um cenário que acompanha a preocupante realidade nacional: em todo o Brasil, já são 36.443 casos de violência contra pessoas LGBTQIAPN+ em 2025. A capital Porto Alegre lidera a lista, com 395 registros, seguida de Caxias do Sul (124) e Sapiranga (48).

Formas de violência e perfil dos agressores

De acordo com o levantamento, a maioria dos episódios envolve agressões físicas e psicológicas, sendo praticadas principalmente por homens. Além disso, os dados incluem situações como maus-tratos, exploração sexual e até tráfico de pessoas.

O professor de Direito da Faculdade Anhanguera, Antony Delorran, alerta que, embora parte da discriminação seja velada, seus efeitos são nocivos e refletem uma realidade de exclusão.

“Abordar esses dados e fomentar a conscientização visa garantir que as pessoas LGBTQIAPN+ tenham os mesmos direitos e oportunidades que qualquer outro cidadão. É urgente combater a discriminação e estimular denúncias”, afirma.

Pessoas trans são as mais vulneráveis

Segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), a população trans é a que mais sofre violência dentro da comunidade LGBTQIAPN+, sendo o homicídio a forma mais extrema e recorrente de agressão.

Para Delorran, a solução passa pelo fortalecimento das políticas públicas: “Criar e implementar leis que criminalizem a discriminação e garantam apoio psicológico e social é essencial. Também precisamos educar a sociedade sobre diversidade sexual e de gênero, formando cidadãos mais conscientes e respeitosos.”

Onde denunciar

A legislação brasileira garante proteção às vítimas, e qualquer pessoa pode registrar denúncias. Os canais disponíveis são:

  • Polícia Militar: 190
  • Polícia Civil: 197
  • Disque Direitos Humanos: 100 (24h, todos os dias)
  • Plataformas digitais da Ouvidoria Nacional

Além disso, órgãos como o Ministério Público e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação podem ser acionados.

As cidades mais violentas contra a população LGBTQIAPN+ no RS

  1. Porto Alegre – 395 casos
  2. Caxias do Sul – 124
  3. Sapiranga – 48
  4. Santa Maria – 45
  5. São Leopoldo – 41
  6. Pelotas – 41
  7. Cachoeirinha – 41
  8. Bento Gonçalves – 36
  9. Passo Fundo – 30
  10. Canoas – 24
  11. Gramado – 21
  12. Arroio Grande – 19

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