caos nas contas

Cachoeirinha sob ameaça de mais uma greve

Guilherme Runge, presidente do Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha

Uma segunda greve em apenas seis meses e onze dias de governo Miki Breier (PSB) é uma possibilidade em Cachoeirinha. O alerta foi feito há minutos por Guilherme Runge, presidente do Sindicato dos Municipários, com exclusividade para o Seguinte:.

Os 3.211 funcionários da Prefeitura estão convocados para uma assembléia geral nesta quarta-feira que vai avaliar o semestre marcado por 60 dias da maior greve da história do município e pode deflagrar uma nova paralisação.

– Hoje estamos em estado de greve, com atividades descentralizadas. Mas uma nova greve é sempre uma possibilidade – admite o sindicalista, que confirma o descontentamento da categoria com o parcelamento dos salários de julho, pagos somente nesta segunda, e a pedalada de metade do vale-alimentação para o dia 20.

– O que piora a situação é a sinalização do governo de que isso deve se repetir – lamenta, lembrando que no ano passado, no governo Vicente Pires, também do PSB, o segundo semestre foi marcado por uma sequência de atrasos de salários.

 

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O panfleto da discórdia

 

Um pesado material foi divulgado pelo Simca e aumentou a tensão com o governo.

No panfleto, o sindicato fala em ‘pacote de maldades’ no corte de vantagens dos servidores; chama de ‘dia do massacre’ a sessão da Câmara que votou a redução do vale e começou com confronto entre grevista e a Brigada Militar; cita os vencimentos mensais de R$ 27 mil de Miki como ‘o prefeito mais caro do Brasil’; critica a contratação da empresa Movimento Brasil Competitivo ‘por meio milhão de reais para fazer gestão porque o governo não tem competência para exercer sua função’; afirma que ‘um quarto da despesa com folha de pagamento é usada com CCs; reproduz levantamento do Seguinte: que mostra que Cachoeirinha tem 1 CC para cada 737 habitantes e compara com a proporção de um médico para cada 1350 pessoas, além de acusar vereadores da base de sugerirem o fechamento ‘de mais da metade dos postos de saúde’ e revelar uma dívida de R$ 600 mil do vice-prefeito Maurício Medeiros (PMDB) com a Prefeitura.

O Simca argumenta ainda que os cálculos do governo de perda de R$ 35 milhões em receita de ICMS remetem a 2014. Este ano, a previsão seria de um crescimento de R$ 2 milhões.

– Isso é liberdade sindical. E não há no material nenhuma informação que não seja verdadeira. Essa crise não é de hoje. O mesmo grupo que governa teve mais de três anos para buscar alternativas. Mas preferem esconder a incompetência fazendo terrorismo com o funcionalismo – argumenta o presidente, que informa que a assessoria jurídica do Simca, que conseguiu liminar da 1ª Vara Cível determinando o pagamento integral dos salários, vai buscar a justiça em caso de novos parcelamentos.

– O governo agiu fora da lei ao pagar na sexta. Vamos exigir nossos direitos – conclui.

A assembléia começa às 17h30 no Lampadinha.

 

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