O prefeito Miki Breier autorizou a liberação de 50 mil em recursos da Prefeitura para compra de 300 testes para detectar o novo coronavírus em Cachoeirinha.
A testagem começa nos próximos dias para pacientes e profissionais de saúde que chegarem à rede de saúde municipal apresentando sintoma gripal com infecção respiratória associada.
Hoje, conforme protocolo do governo do Estado, somente pacientes com síndromes respiratórias mais graves estavam sendo testados.
– Estamos finalizando o protocolo de testagem. A testagem começa nos próximos 15 dias – informou ao Seguinte: o secretário da Saúde, Dyego Matielo.
No boletim epidemiológico desta sexta, Cachoeirinha tinha oito casos confirmados da COVID-19, quatro recuperados, dois em investigação e nenhum óbito.
O secretário associa-se ao modelo matemático apresentado pelo governador Eduardo Leite, que o Seguinte: apresentou em O estudo que prorrogou para o dia 30 abertura do comércio; Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha teriam 15 vezes mais casos.
Aplicando modelo ‘1 para 15’ usado pelo governo do RS para aproximar os dados de reais de subnotificações (como casos de síndrome respiratória aguda grave, que cresceram 253% no país nos primeiros três meses do ano), Cachoeirinha teria potencialmente 120 casos.
Cenário pior é calculado por especialistas como Margareth Dalcomo, pneumologista da Fiocruz e a principal referência da área no Brasil, que usa a fórmula ’30 para 1’. Cachoeirinha teria 240 casos.
– Nossos cálculos apontam uma subnotificação em torno de 12 a 15 vezes, justamente porque não é feita uma testagem maior da população – argumenta.
– É por isso estamos pedindo que a população utilize máscara e faça o distanciamento social, porque não sabemos quem tem vírus e quem não tem. Muitos são assintomáticos, mas podem fazer a transmissão.
Conforme projeção da Science, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo, 6 a cada 10 terráqueos podem ser infectados até o fim da pandemia (deste ano): 86% dos portadores não terão sintomas relevantes, mas serão responsáveis por 79% das transmissões; dos infectados, 15% poderão precisar de tratamento e 5% de internação em uma unidade de tratamento intensivo.
Na projeção dos 5%, usando a fórmula do ‘1 para 15’, Cachoeirinha teria potencialmente 6 pacientes para 6 leitos de UTI. No cenário catastrófico do ‘1 para 30’, 12 infectados para seis leitos em Cachoeirinha. O Seguinte: apresentou o alerta em Gravataí, Cachoeirinha e Viamão tem mais casos de COVID 19 que UTIs; o 11 de setembro.
A Prefeitura adquiriu 300 testes estimando a quantidade pela projeção de casos de síndrome gripal.
– Seguiremos analisando a necessidade de ampliação e de capacidade do laboratório em nos fornecer mais testes. Este tipo de testagem precoce, ou seja, antes do agravamento do quadro, foi feita na Coreia do Sul com bons resultados – informa o secretário.
Conforme o prefeito Miki Breier, o objetivo desta testagem é avaliar a situação de Cachoeirinha com maior clareza:
– Não queremos que o número de casos aumente, mas queremos que eles apareçam. Não adianta estarmos subnotificados e as pessoas com vírus circulando normalmente.
O TESTE
O teste que será aplicado é o PCR, em que a amostra, retirada com um cotonete da boca ou nariz do paciente, é feita em laboratório, e que permite o diagnóstico antes da incubação da doença.
O resultado leva algumas horas. Ele é diferente do teste rápido, em que uma amostra de sangue é retirada da ponta do dedo do paciente e colocada em uma máquina, que dá o resultado em 10 a 30 minutos.
É uma testagem que só mostra quem já tem anticorpos para o COVID-19, ou seja, teve contato com o vírus.
Em caso de sintomas, baixe o aplicativo de ‘médicos online’ disponibilizado pela Prefeitura de Cachoeirinha clicando aqui.
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