crime organizado

Caiu o galpão dos patrões da carne roubada

Em um dos supermercados de Cachoeirinha cerca de uma tonelada de carne de procedência ilegal e mal acondicionada foi destruída com água sanitária para impedir o consumo hUmano. FOTO | Ascom-Polícia Civil

Policiais civis de Balneário Pinhal e Cidreira participaram da maior operação contra abigeato no estado e que envolveu cerca de 200 policiais, nesta terça-feira, quando foram presas 19 pessoas, todos intergrantes ou suspeitos de fazer parte de organização criminosa que atuava no Litoral Norte e Região Metropolitana. As cidades de Gravataí e Cachoeirinha estão relacionadas como território de abigeatários e receptadores, inclusive de gente que comercializava carne procedente do crime em supermercados e, em pelo menos um caso, mal acondicionada.

A ação policial – denominada Operação Patrulha –  foi coordenada pela Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrab) de Bagé, com objetivo de desarticular a maior organização criminosa de abigeato e furtos a propriedades rurais do Rio Grande do Sul. Mais de uma tonelada de carne foi apreendida e 19 pessoas foram presas – 17 preventivamente e duas em flagrante. Além da grande quantidade de carne, foram apreendidas quatro armas e equipamentos que eram utilizados para cortar/fracionar a carne.

A ligação de Cachoeirinha com a operação da madrugada-manhã de hoje (27/11) vai além dos ladrões de gado propriamente dita. Pelo menos três empresários eram donos de quatro estabelecimentos comerciais onde a carne procedente de gado abatido ilegalmente era comercializada. De acordo com o site www.gauchazh.com.br  dois destes estabelecimentos ficam em Cachoeirinha (Super Dornelles e Mercado do Nono), um em Esteio (Gabé) e outro em Canoas (Super Dornelles). Em um dos supermercados, em Cachoeirinha, foi encontrada mais de uma tonelada de carne imprópria para consumo.

 

PARA SABER

 

1

Mais de 100 ordens judiciais foram cumpridas pelos policiais

 

2

Foram 32 mandados de busca e apreensão, dos quais 7 em Gravataí – cinco na região do Morro Agudo

 

3

Foram cumpridos também mandados de busca e apreensão de carros, motos, caminhões e reboques.

 

4

Os mandados foram cumpridos em Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Esteio, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

 

19 municípios

 

De acordo com o delegado André de Matos Mendes, a organização é responsável pelo furto de mais de R$ 1,2 milhão em gado e maquinário agrícola apenas no ano de 2018, tendo atacado, conforme inquéritos policiais já instaurados, em 19 municípios apenas nos últimos sete meses. São mais de 20 inquéritos instaurados com autorias identificadas.

 

Onde eles agiam:

 

Sapucaia do Sul

Canoas

Esteio

Gravataí

Santo Antônio da Patrulha

Capão da Canoa

Novo Hamburgo

Cachoeirinha

São Leopoldo

Montenegro

Maquiné

Eldorado do Sul

Tapes

Camaquã

Sentinela do Sul

Picada Café

Arroio dos Ratos

Encruzilhada do Sul

Campo Bom.

 

Hierarquia criminosa

 

Conforme o delegado Cristiano Ritta, a organização é bem estruturada e com funções bem definidas.
— Fazendo um organograma do grupo criminoso, conseguimos verificar que, além da cadeia hierárquica dentro do grupo, temos também os principais receptadores da carne de gado furtado, os proprietários de mercados e o indivíduo que age como uma espécie de intermediador — disse o delegado.

 

O NOME

 

A investida policial foi batizada com o nome de Operação Patrulha porque foi no município de Santo Antônio da Patrulha que aconteceu o abigeato que deu origem à investigação que resultou na descoberta da organização criminosa.

 

Com Jorge Felipe e Michel Fontana/Ascom Polícia Civil

 

 

 

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