BLOG DO RODRIGO BECKER

CANOAS | A campanha e a ‘fase 2’: a hora de conquistar o eleitor que já foi ‘refratário’ e agora está ‘morno’

Setembro chega e obriga candidatos a subirem o degrau da campanha para ampliar a adesão de eleitores ainda indiferentes à primeira campanha pós-enchente

A cinco semanas do dia em que o eleitor canoense decidirá o primeiro turno das eleições, os prefeituráveis buscam estratégias para ‘ganhar corações e mentes’ a medida em que avançam sobre as ruas da cidade. O desafio, que antes era encarar um eleitor que parecia refratário ao discurso político, agora se concentra em ‘esquentar os mornos’. 

Convencer os desiludidos a sair de casa para votar também está entre os desafios deste imprevisível e histórico 2024.

Em uma campanha típica, o início de setembro marcaria o momento em que os carros de som começariam a ganhar as ruas com os jingles-chicletes martelando e martelando virtudes e números dos candidatos. É o momento de uma virada de intensidade, por assim dizer. Mais gente precisa estar na rua para mostrar que a campanha cresceu. Quem não cresce em setembro não ganha em outubro.

Em Canoas, com a tragédia ainda viva na memória das pessoas e os efeitos dela latentes no cotidiano, essa ‘virada de intensidade’ não deve ser como o de costume. Candidatos e coordenadores de campanha pisam em ovos sobre o momento exato de lançar mão dos jingles já que o ‘clima de festa’ que as campanhas tem por hábito apresentar parecem incompatíveis com a realidade das pessoas. 

A campanha precisará esquentar e vai, não se engane. Só está difícil decidir o momento.

Enquanto Airton Souza (PL) e Beth Colombo (Republicanos) tem optado por caminhadas nos bairros, Jairo Jorge (PSD) decidiu por encontros com candidatos a vereador para espalhar a campanha na cidade. É a forma encontrada por ele para instrumentalizar quem está na rua e fazer valer o maior número de postulantes à Câmara carregando o seu apoio. Márcio Freitas (PRD) fez as primeiras caminhadas nos bairros, mas é o primeiro prefeiturável a subir em um caminhão de som para campanha ‘pelos ares’ – ainda muito longe, no entanto, do que foi a ‘guerra dos carros de som’ que se viu em 2020 entre apoiadores de Jairo Jorge e os de Luiz Carlos Busato.

Rodrigo Cebola (PSol) e Odirlei Campiol (Novo), com campanha francamente menores, procuram romper o gigantismo dos demais com atos políticos entre apoiadores. Crescer, para eles, significa convencer mais pessoas de uma alternativa política, digamos, fora do convencional; não estão nessa corrida só pela eleição, mas para construir partido – e isso os difere dos demais por si só.

Com timidez ou sem ela, aos poucos, a campanha deve começar nos próximos dias a tomar a forma que nos parece mais familiar: gente na rua, bandeiras a tremular nas esquinas e a inigualável frase repetida à exaustão: vote em mim, vote em mim, vote em mim!

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