Vereador de Canoas será o preferencial do partido na federação formada ainda por PT e PCdoB
Com um passo de cada vez se faz uma longa caminhada – ou uma ‘cãominhada’, em se tratando do pré-candidato a deputado federal pelo PV, Cris Moraes. O vereador canoense que vem lançando sua campanha em atos pet friendly, as ‘cãominhadas’ como a que aconteceu em Porto Alegre no dia 17, terá o apoio de praticamente todo o partido na nominada da federação composta por PT, PV e PCdoB à Câmara Federal. O plano é centrar fogo para, no melhor dos quadros, superar a cláusula de barreira e eleger o primeiro deputado federal verde do Rio Grande do Sul.
Otimista, PV e Cris estão.
Ligado à causa animal, com o apoio dos protetores ‘raiz’ – os ‘nutella’ a gente sabe como são… – ele vai em busca do número mágico de 40 mil, 45 mil votos para trocar a Câmara de Canoas pelo Congresso Nacional. Nas contas da direção do PV, que são bem parecidas com as feitas pelos líderes petistas, a federação tem capacidade para eleger entre 7 e 8 deputados federais este ano – um momento político parecido com o de 2014, quando Dilma ponteou as pesquisas e foi reeleita presidente da República. Destes, quatro já estariam ‘garantidos’: Paulo Pimenta, Maria do Rosário, Dionilso Marcon e Elvino Bohn Gass; para o PT, Alexandre Lindenmeyer, que concorrerá pelo grupo político ao qual pertence Henrique Fontana, também entra – todos com votação superior a 70 mil votos.
Depois, há um degrau.
“Na nossa avaliação, 43 mil votos nos coloca dentro”, calcula o presidente do PV, Márcio Souza. Ele comenta que o partido vem fazendo votações superiores a isso para deputado federal nas duas últimas eleições e, embora tenha apenas duas candidaturas agora, o contexto da federação permite a esperança. “Em 2018, nossa expectativa era fazer 60 mil votos e ficar em quarto na nossa coligação, que era com o PDT. Fizemos 58 mil e fomos o quarto, mas a coligação só elegeu três”, resume. “O fênomeno que não havia como ser previsto foi o efeito do bolsonarismo nas candidaturas proporcionais naquela eleição. A quarta vaga que historicamente o PDT sempre fez acabou indo parar no colo de um dos apoiadores do miliciado”.
Desta vez, Márcio acredita que a candidatura de Lula alavanque a votação proporcional, fazendo com que a federação encabeçada pelo PT retome o número de vagas que usualmente faz no Estado. “E, em caso de vitória do Lula, a bancada ainda pode crescer se ele chamar um deputado eleito para o ministério”, especula. Nomes como o de Paulo Pimenta, presidente do PT no RS, e Maria do Rosário são sempre lembrados. “Assim as primeiras suplências podem assumir”, acredita.
Nada mal para Cris, não é? “Candidato comprometido com o meio ambiente, causas sociais e bem-estar animal, é o Cris Moraes”, finaliza o presidente do PV gaúcho.