Prefeito Jairo Jorge conversou com idealizadores do projeto lançado em 2015 e pediu estudo para retomar os planos
Jairo Jorge (PSD) está disposto a por novamente o aeromóvel sobre os trilhos em Canoas. Na quinta-feira, 28, o prefeito conversou com o Grupo Coester, empresa responsável pelo projeto que virou a menina dos olhos da gestão de Jairo, em 2015, mas acabou encerrado por Luiz Carlos Busato (PTB), seu sucessor.
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A ruptura virou um rumoroso episódio na política da cidade, pondo em lados opostos 'busatistas' contra o aeromóvel e 'jaristas', a favor. O financiamento aprovado pela Caixa para implementar os primeiros 4,6 quilômetros da estrutura veio, mas acabou tendo seu objeto alterado. Os recursos foram parar na mobiliddade urbana – pavimentação de ruas, para ser mais preciso. "O prefeito anterior preferiu por asfalto em cima de asfalto que tava novo", critica Jairo.
Descartado nos últimos quatro anos, até o vagão-autônomo que ornava a entrada da Ulbra, no bairro São José, mostrando como seria o aeromóvel na cidade, foi recolhido. Com Jairo de volta à Prefeitura, o plano ressuscita. Os parâmetros, no entanto, agora são outros.
Recursos privados
"Diferente de antes, quando haveria um investimento público, agora estamos pensando em uma PPP só com recursos privados", adianta Jairo. Ele pediu que a empresa apresente uma panorama para retomada do projeto sob este novo prisma, o que deve ser concluído em cerca de 60 dias.
"Ao desistir do aeromóvel, a cidade perdeu uma oportunidade ímpar. Nós poderíamos ser uma vitrine para o mundo", avalia Jairo. "O aeromóvel é um transporte conectado às tendências de inovação, autônomo, elétrico e não poluente, sustentável. Não vejo razão para não fazer".
Pelo projeto original, o sistema de transporte público seria licitado, integrando ônibus e aeromóvel. O importante é que um modal não faça competição com o outro, ou seja, que os passageiros não sejam disputados entre um e outro, mas que um abasteça o outro. Com ou sem Sogal.