Via Atacadista abre as portas nesta quinta, 21, na Getulio Vargas, do ladinho do viaduto da Boqueirão
Na madrugada de 4 de maio, quando moradores da Rua Martin Luther King, perto da casa de bombas número 6, no Mathias Velho, relatam terem ouvido estrondos no dique de proteção do bairro, a praticamente 9km de distância de lá, na Avenida Getúlio Vargas, pertinho da estação do Trensurb, era só uma madrugada chuvosa e normal para os guardas da obra que ocorria no número 6860. A empresa que funcionava ali havia deixado o espaço há pouco mais de um mês e o terreno vinha sendo preparado para uma locação — um supermercado, provavelmente.
Nos dias seguintes, a área semi-demolida, protegida por uma cobertura alta de pavilhão industrial, se transformou no maior e mais procurado centro de acolhimento provisório das enchente de 2024 em Canoas. Mais de 10 mil pessoas passaram por ali para os primeiros atendimentos e, aos poucos, o terreno foi virando ‘a casa’ de cerca de 8 mil animais domésticos perdidos de seus tutotores. Por mais de 60 dias a área acolheu desabrigados, bichos, voluntários e todo o tipo de almas dedicadas ao resgate.
É no número 6860 da Avenida Getúlio Vargas, pertinho da estação Mathias Velho, que nesta quinta-feira, 21, o Via Atacadista abre suas portas, às 8h. O atacarejo é a 20ª loja do Grupo Passarela, a 14ª no formato varejo/acatado, com mais de 7 mil metros quadrados de área construída, 3,3 mil metros quadrados de área de vendas, 150 vagas de estacionamento, um mix de 10 mil produtos a venda e 26 pontos de check out.
180 pessoas conseguiram emprego por lá.
“Vemos um grande potencial no Estado e vamos continuar expandindo, levando qualidade e variedade aos consumidores”, disse, em nota, o presidente do Grupo Passarela, Alexandre Simioni. E antecipa: até o Natal, em dezembro, abre nova loja do Via Atacadista em Chapecó, Santa Catarina.
É simbólico que o empreendimento ocupe uma área tão significativa para Canoas que remonta às enchentes de maio. A recuperação da economia é o primeiro e mais fundamental passo para que a cidade se reconstrua — e enquanto nos mantivermos atrativos, podemos ter esperança de superar essa fase de crise.
Crise que o Grupo Passarela, aliás, quer desviar. Ainda este ano, com a inauguração da loja de Chapecó, o grupo deve chegar ao faturamento de R$ 2,6 bilhões e pouco mais de 3,5 mil funcionários. O plano para 2025 incluem a abertura de mais 9 lojas e a ampliação da fábrica da D’Lena Alimentos, responsável pela o abastecimento de produtos de padaria e confeitaria na rede.
Além disso, o Grupo Passarela aposta em novo centro de distribuição no Vale do Taquari — estratégia que levará necessariamente à expansão da operação pelo interior do Estado.