Nova onda

CANOAS | Em dia de 1,2 mil testes, 1 em cada 4 positivaram; terceira onda chegou em Canoas

Testagem indica que incidência de casos é grande - especialmente porque assintomáticos, em geral, espalham o vírus sem sequer saber que são portadores da Covid-19. Foto: Agência Brasil

Segunda-feira a cidade confirmou quase 300 casos de Covid-19 – reflexo não só do 'não dá nada' de final de ano, mas da Ômicron que circula entre nós

Leia esse texto de máscara, por favor.

Para quem achava que 2022 seria inevitavelmente o ano da retomada, a pandemia insiste em nos jogar baldes de água fria – pelo menos nesses primeiros dias do ano. Canoas registrou, na segunda-feira, 10, 289 novos casos de Covid-19. No mesmo dia, as centrais de testagem computaram 1.202 testes. Elas por elas, isso significa um índice de positivados de 24,04%. Em outras palavras, 1 em cada 4 que procurou diagnóstico, saiu de lá com isolamento marcado.

É importante dizer que essa conta é 'de padeiro', como se dizia antigamente. Nem todos os positivados fizeram teste na central – e outros tantos que fizeram ainda serão confirmados nos próximos dias. Por outro lado, só testa quem tem motivo: contato ou sintomas. É possível que muitos outros assintomáticos andem inadivertidamente por aí, levando o vírus consigo e o espalhando sem saber.

 

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Dois fatores explicam, a grosso modo, os altos índices de contágio registrados essa semana na cidade: o 'oba-oba' em que nos metemos nas festas de final de ano e a presença da variante Ômicron em transmissão comunitária. Muito mais veloz do que a Delta, a nova cepa do vírus se espraia como notícia ruim e prefere os que esquecem a máscara, os deixaram em casa o álcool em gel e os que não despediçam qualquer chance de ajuntamento. Não dá para culpar só as praias pelo preocupante fenômeno da aglomeração: bares, restaurantes, festas infantis e salões de igreja – e aqui importa zero o credo de qualquer um – seguem lotados. A regra do distanciamento, que poderia garantir o pão de quem serve comida e bebida e precisa sobreviver a pandemia também, se perdeu na poeira nossa de cada dia.

Nas igrejas e templos por aí, nem a fé explica porque os fiéis acreditam que a casa de Deus é inviolável à Covid.

A boa notícia é que mesmo diante dessa conjunção de fatores, a vacinação vem vencendo o vírus. Alta de casos, por equanto, não tem se refletido em aumento na ocupação hospitalar. No mesmo dia 10, Canoas tinha 5 leitos de UTI ocupados por pacientes com Covid e 23 em enfermaria. Uma taxa de 4,27% e 13,6%, respectivamente – bem longe do quase colapso que vivemos em março do ano passado, quando mais de uma vez passamos 110% de ocupação.

O problema, hoje, é que parte das equipes médicas e assistenciais também se contaminaram. Nossa força de trabalho para seguir o enfrentamento à pandemia sofre quedas – previsíveis, até, mas que não tem reposição. É nisso que temos que pensar para manter, retomar ou ampliar nossos cuidados de prevenção. Pandemia mais branda ou não, pouco importa para quem precisa de ar para respirar e der de cara na porta se uma novo colapso se avizinhar. 

Ainda é hora do empenho de todos – especialmente porque, esta semana, devem aterissar no Salgado Filho ou por aqui, na Base Aérea, as doses do imunizante infantil da Pfeizer. Tudo indica que até quarta ou quinta da semana que vem, as primeiras crianças canoenses começem a receber a primeira dose da vacina, alargando a proteção da faixa etária em que a incidência de casos é a que mais leva a hospitalizações em todo o Brasil.

E as mãos, já lavou hoje? 

 

 

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