Governo monitora diariamente a ocupação dos hospitais que seguem situação geral da região de ocupação elevada para essa época do ano
O inverno ainda nem deu as caras, mas a ocupação dos hospitais em Canoas já está elevada – pouco acima do que seria o habitual para esta época do ano. O caso, no entanto, não é isolado: as emergências de Porto Alegre também registram números elevados e, até por isso, pressionam a ocupação dos hospitais da região metropolitana, como o Nossa Senhora das Graças e o Hospital Universitário, HU, em Canoas, Padre Jeremias em Cachoeirinha e Dom João Becker, em Gravataí.
O caso mais alarmante em Canoas é do Graças. Por lá, há uma ocupação de 170% ‘na porta’, como se diz no jargão da Saúde. Isso significa que a emergência tem 70% a mais do que a capacidade de leitos e atendimento médico disponível. As UTIs do Graças, por outro lado, estão com 80% de ocupação – o que é considerado um número regular, adequado ao atendimento e que permite capacidade de resposta em caso de novas emergências. A ocupação do Graças confirmado pela Secretaria da Saúde e se refere à noite de segunda-feira, 10. Como há altas e internações todos os dias, ao longo da terça-feira, 11, o quadro pode mudar.
No HU, os números estão ligeiramente melhores. Com as altas da noite, a ocupação de leitos de enfermaria chegou a 80% e 95% nas UTIs. Já o Hospital de Pronto Socorro de Canoas, o HPSC, que atende especialmente traumatologia, tinha uma ocupação de 117% na emergência na noite de segunda, 10. A UTI geral estava com 90% da sua capacidade em uso.
Segundo a Prefeitura, a ocupação dos hospitais é monitorada pela Secretaria de Saúde diariamente. Por hora, não estão nos planos a suspensão de atendimentos ou cirurgias, como chegou a acontecer em março, quando a ocupação também extrapolou os limites dos hospitais. No entanto, há o alerta para uma resposta rápida, caso o situação exija.
De forma geral, a população pode procurar o hospital mais próximo em casos de emergência. Mesmo que haja superlotação, os hospitais funcionam em rede e podem transferir pacientes entre si caso seja necessário. Para todos os procedimentos que não incorram em risco de vida, a orientação da Prefeitura é para que a população procure os postos de Saúde nos bairros. As UPAs também atendem 24h e encaminham internações, em caso de necessidade.