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CANOAS | Jairo Jorge põe a crise do HU na pauta Assembleia; Canoas não pode – nem deve – resolver o hospital sozinha

Jairo Jorge esteve com o líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes, acompanhado de uma comitiva canoense. O assunto não poderia ser outro: a crise financeira do HU. Foto: Divulgação/PMC

Prefeito esteve na Assembleia Legislativa em busca de ajuda para o hospital que enfrenta uma das maiores crises financeiras de sua história

Em época de discussão dos orçamentos públicos para 2024, Jairo Jorge está ‘colocando o bode na sala’.

Nesta quarta, 18, foi com os secretários de Saúde, Felipe Martini, e de Relações Institucionais, Mário Cardoso, o diretor do Hospital Universitário, Mauro Sparta, além dos vereadores do PP, Aloísio Bamberg e José Carlos Patrícia até a Assembleia Legislativa repassar com deputados estaduais a questão mais importante da gestão neste 2023 e, provavelmente, para 2024: a crise financeira do HU. O ‘bode’ que JJ encara é a falta de recursos para evitar o colapso no atendimento na instituição. Em contas de padeiro, o HU custa cerca de R$ 15 milhões por mês – valor que está acima, muito acima, da capacidade do município de fazer frente sozinho.

Numa perspectiva justa, esse valor seria repartido em três partes: União e Estado entrando com pelo menos 80% deste valor ou algo como R$ 12 milhões, e Canoas com os R$ 3 milhões restantes. É pesado para os cofres municipais, mas viável. O município já está pagando R$ 6 milhões e, ainda assim, o buraco só aumenta. E a perspectiva não é boa: em janeiro, tem novo corte do Programa Assistir e uma nova queda nas transferências do Estado para custeio do HU e também do Hospital de Pronto Socorro – outro ameaçado pela escassez  de recursos, mas isso é papo para outro post.

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O que Jairo vem fazendo é tratar a crise com todos que de um modo ou outro podem contribuir na solução – seja ela com mais recursos, como no caso das quatro visitas que fez ao Ministério da Saúde de abril para cá, seja na unidade política em torno da necessidade de manter o HU vivo e respirando sem aparelhos. Nas reuniões entabuladas na Assembleia nesta quarta, foi disso que a comitiva canoense tratou com um atento líder do governo, Frederico Antunes. “Não somos contra o Assistir, o que estamos pedindo é que não se aumente o índice dos cortes, que começaram a ser aplicados em 2022, pois já perdemos mais de R$ 18 milhões. Hoje, deixam de ser repassados R$ 1,2 milhão ao mês. Em 2024, conforme o cronograma do Assistir, esse valor chegará a R$ 3,5 milhões”, explicou o prefeito. Frederico, que é do PP, também relata o projeto do Orçamento do Estado para 2024 e se comprometeu a conversar com lideranças políticas do governo já na próxima semana. Uma reunião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, deve discutir nos próximos dias a situação da saúde em Canoas. 

Jairo Jorge já fez o mesmo périplo em entidades como o Simers, a OAB/RS e a Amrigs. Nesta quinta, 19, será a vez do Conselho Regional de Medicina (Cremers) ouvir o prefeito. As 10 medidas anunciadas por ele no dia 9 para estancar a sangria no hospital é sempre usada no prenúncio do pedido de ajuda: o município vem fazendo o esforço possível mas, sem uma mão estendida, não será o suficiente.

O risco, repete sempre, é colapsar.

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