Prefeito em exercício trata pessoalmente das negociações políticas para escolha do primeiro escalão
Quem dá um ‘confere’ no Diário Oficial, vê: todos os dias tem uma pilha de portarias nomeando e demitindo gente no governo. É a montagem do novo Governo Nedy de Vargas Marques, prestes a completar seu primeiro mês em 19 de janeiro. Nesta segunda, 8, a secretária de Educação, Leany de Conti, foi oficialmente empossada, DJ Cabeção teve seu nome confirmado no comando da Cultura e o Escritório de Resiliência Climática, o EClima, ganhou um novo titular: Carlos Buavas. A pasta vinha sendo acumulada pelo Coronel Marcelo Pitta na Segurança Pública.
O blog apurou que ainda faltam nomes para a Secretaria de Mobilidade e Transporte, para Habitação e para o Meio Ambiente. Bem Estar Animal teve um ‘titular relâmpago’ que restou exonerado alguns dias depois. Gabriel Gonçalves ficou apenas dois dias no cargo e a pasta voltou às mãos de interinos.
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Apesar do recesso parlamentar, há uma intensa conversa com vereadores para a composição de uma nova base aliada na Câmara. Nedy trabalha para contar com pelo menos 16 vereadores em uma frente que exclui terminantemente apenas os ‘jairistas’ Emílio Neto (PT), Cris Moraes (PV) e Jefferson Otto (PSD). Há resistências, no entanto, de mais vereadores. A oposição, hoje, conta com pelo menos nove adeptos. Essa matemática já garante a maioria ao governo, mas mantém a oposição anabolizada – o que tira o sono da articulação política que hoje comanda o paço.
O nó a ser desatado é a eleição de outubro.
Dez em dez vereadores se movimentam para chegarem vivos à eleição. Parte deles topa uma conversa com o governo, mas precisa de uma articulação que preveja a composição política que irá às urnas para, já em março, promover a recomposição partidária que permita a reeleição da maioria. E, neste aspecto, o governo ainda não consegue dar garantias aos caciques da política sobre a candidatura do paço, a presença de Nedy da eleição ou o apoio a algum dos nomes circulantes como Márcio Freitas (Avante) e Airton Souza (MDB).
Na prática, a tendência da semana é que todos os assuntos se misturem um pouco para apontar uma saída à composição do governo e à eleição de outubro.