Crise do coronavírus

CANOAS | O dedo no pulso da pandemia: Martini cobra do Estado doses para antecipação das vacinas

Secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia, Felipe Martini. Foto: Reprodução Facebook

Secretário de Enfrentamento à Pandemia conversou com o blog sobre flexibilização do distanciamento, antecipação de vacina para professores e o combate à Covid-19

A decisão tomada pelo governo municipal de antecipar a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19, conforme orientação do Estado, só não ganha velocidade porque esbarra no ritmo de entrega dos imunizantes. "Nossa capacidade de vacinação é muito grande. Se tivemos a vacina, ela vai para o braço do canoense", diz Felipe Martini, secretário de Governança e Enfrentamento à Pandemia. "Já procuramos a secretário de Estado Arita Bergman pedindo que houve um equilíbrio maior na distribuição das doses. A cidade de Pelotas, por exemplo, recebeu quase 50 mil doses a mais do que Canoas com uma população equivalente, talvez até menor".

 

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O avanço da vacinação, conforme defende Martini, está no cerne da queda dos índices de hospitalização em razão do novo coronavírus que se verifica em Canoas. Desde de maio, a ocupação das UTIs dedicadas aos pacientes infectados vem caindo gradualmente. Em julho, os números despencaram. "Temos uma taxa de ocupação hoje na casa dos 31%", informa Martini, revelando o dado de quinta-feira, 15. Na segunda, o blog publicou reportagem com o itinerário dessa queda. "A testagem em massa que fizemos ajudou muito. Enquanto em outras cidades as pessoas circulavam mais dias sem saber que estavam infectadas, pela disponibilidade de testes que oferecemos, as pessoas saíram de circulação antes que aumentassem o contágio pelo vírus. Os reflexos estão aí", comenta. "Nossa região tem uma taxa de ocupação de UTIs na casa dos 68% e o Estado está com 76%. E Canoas, 31%".

Mesmo com números baixos, Martini adianta que o governo não pretende desmobilizar o aparato de Saúde montado para enfrentar a pandemia. "Por enquanto, mantemos a mobilização. Pandemia é dedo no pulso o tempo inteiro. Agora, estamos monitorando o avanço da variante Delta, que ainda pode trazer uma terceira onda", adianta. Um caso suspeito já está em investigação na cidade deste a tarde desta quinta-feira, mas ainda não foi confirmado se é da nova mutação do vírus, mais contagiosa e que requer maiores períodos de internação.

Abertura possível

Enquanto o município de Porto Alegre se prepara para distensionar as regras de distaciamento controlado, Canoas pretende manter uma postura mais conservadora sobre isso. "Já flexibilizamos a abertura da nossa rede de entretenimento até às 2h, antes só podia até a meia-noite. Acho que temos que agir com cuidado. A pandemia só vai terminar quando todos estiverem vacinados. Trabalhamos forte para isso, mas ainda não chegamos lá".

 

 

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