Transporte

CANOAS | Ônibus vão parar; Sogal, Prefeitura e a Justiça recebem hoje a ’notícia’ dos rodoviários

Funcionários da Sogal decidiram pela greve em assembleia da categoria, no sábado

Ônibus podem parar novamente na cidade a partir de quarta-feira; há rodoviários sem dinheiro até para comprar comida

A interminável crise no transporte coletivo em Canoas ganha nesta segunda-feira, 15, um novo capítulo. O Sindicato dos Rodoviários entrega à Sogal, à Prefeitura e à Justiça do Trabalho o ofício que comunica o estado de greve em que a categoria se encontra. No sábado, em assembleia, rodoviários do município decidiram que preferem cruzar os braços se os atrados nos pagamentos não forem resolvidos.

 

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Por lei, essa comunicação deve acontecer 72 horas antes do início do movimento de greve. Portanto, a partir de quarta-feira, a possibilidade de não termos ônibus circulando em Canoas é grande. "99% de chance", antecipa o presidente do sindicato, Marcelo Nunes. Ele conta que os atrasos chegaram ao segundo mês consecutivo. "Estão devendo 80% da folha de janeiro e 100% da folha de fevereiro, que venceu em 5 de março", conta. "Pessoal também não recebeu os tickets nem o rancho".

"Nesse domingo, tive que levar arroz para um colega que já está sem o que comer em casa", revela. E o repasse para o plano de saúde também está pendente. "O plano só está atendendo os casos suspeitos de covid", finaliza Marcelo.

A se confirmar a paralisação, este será o quarto movimento grevista entre os trabalhadores da Sogal desde o final de 2020. Em dezembro, a categoria cruzou os braços por 10 dias e deixou Canoas sem ônibus às vésperas do Natal. Um acordo com a Prefeitura resolveu a paralização nos primeiros dias de janeiro com a compra de R$ 1 milhão em passagens para uso no auxílio emergencial municipal. 

Semana passada, em audiência na Seção de Dissídios do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, trabalhadores e empresa não chegaram a um acordo sobre o problema. Nos bastidores, cresce a pressão para que a Prefeitura banque um subsídio ao transporte coletivo para manter o serviço funcionando. A Sogal alega que a concorrência do transporte por aplicativos e a queda no número de passageiros está tornando o sistema insolvente e insustentável.

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