BLOG DO RODRIGO BECKER

CANOAS | Os eleitos, o quase-eleitos e os que ficaram de fora na Câmara com um terço de renovação e uma reentrada

Com quatro vereadores disputando a eleição majoritária, já se imaginava que haveria uma renovação maior

Então: 1 em cada 3 dos atuais vereadores não voltará ao plenário da Câmara de Canoas em 2025. Esse é o resultado que emerge das urnas neste primeiro turno das eleições municipais. Dos 21 que hoje tem mandato, 13 foram reeleitos. Vale lembrar que 4 dos 21 concorriam a prefeito ou vice e, portanto, estariam fora de qualquer jeito.

Vamos à lista, com partido e votação, na ordem como saíram das urnas.

Eric Douglas (União Brasil) — 6.686

Cris Moraes (PV) — 5.414

Alexandre Gonçalves (PDT) — 5.394

Abmael (PL) — 3.276

Duarte (REPUBLICANOS) — 2.627

Jefferson Otto (PSD) —  2.612

Jonas Dalagna (PP) — 2.609

Giovanni Rocha (PSD) — 2.459

Leandrinho Moreira (PRD) — 2.322

Heider Couto (PL) — 2.247

Patricio (PSDB) — 2.144

Daurinei Alt (PSD) — 2.031

Bamberg (PSDB) — 2.000

Ezequiel Vargas (PL) — 1.972

Emilio Neto (PT) — 1.946

Juares Hoy (PP) — 1.914

Linck da Auto Escola (REPUBLICANOS) — 1.624

Professora Neuza Rufatto (PSD) — 1.582

Dario (UNIÃO) — 1.285

Gabriel Constantino (PT) — 1.129

Rodrigo D`Avila (NOVO) — 1.030

São reeleitos: Eric Douglas, Cris Moraes, Alexandre Gonçalves, Abmael, Pastor Duarte, Jefferson Otto, Jonas Dalagna, Leandrinho, Patrício, Bamberg, Emílio Neto, Juares Hoy e Link.

Estreiam na Câmara em 2025: Giovani Rocha, Daurinei Alt, Ezequiel Vargas, Neuza Rufatto, Gabriel Constantino e Rodrigo D’Ávila.

O que retorna, após uma legislatura fora, é Dario Silveira.

Estão fora em 2025

Não foram reeleitos os vereadores Pateta (PSD), Laércio Fernandes (Podemos) e Cézar Mossini (MDB). Márcio Freitas (PRD) não volta à Câmara no ano que vem por ter concorrido a prefeito; Gilson Olivera (DC), disputou o cargo de vice de Beth Colombo (Republicanos); Airton Souza (PL), candidato a prefeito, e Maria Eunice (PT), vice de Jairo Jorge (PSD), ainda estão envolvidos com o segundo turno – mas já está resolvido que deixam o mandato em 31 de dezembro de 2024.

Com Jairo, com Airton ou nem um nem outro

Do ponto de vista do segundo turno, Jairo Jorge (PSD) sai mais fortalecido do que Airton Souza (PL) do ponto de vista dos eleitos à Câmara de Vereadores. Dos 21, 8 foram eleitos por partidos de oposição ou formalmente estão ligadas a ela. São eles: Eric Douglas (União), Abmael (PL), Jonas Dalagna (PP), Leandrinho (PRD), Heider Couto (PL), Ezequiel Vargas (PL), Juares Hoy (PP) e Dario Silveira União). 

Aliados ao atual governo — e com JJ, portanto —, são 10: Cris Moraes (PV), Alexandre (PDT), Jefferson Otto (PSD), Giovani Rocha (PSD), Patricio (PSDB), Daurinei Alt (PSD), Bamberg (PSDB), Emilio Neto (PT), Neuza Rufatto (PSD) e Gabriel Constantino (PT).

Neutros (ou nem tanto): Rodrigo D’Ávila (Novo), Pastor Duarte e Link, do Republicanos.

Aqui, vale uma ressalva: o Republicanos está no governo mas ainda não tomou qualquer decisão sobre apoio no segundo turno.

Para lá e pra cá

Dentre os três vereadores que superaram a barreira dos 5 mil votos, apenas um é nitidamente identificado com a esquerda: Cris Moraes, do PV. Eric Douglas, o campeão de votos, é do União Brasil e se identifica como centro – o mesmo perfil de Alexandre Gonçalves, do PDT, embora seu partido seja mais à esquerda do centro.

Há um claro incremento na votação do PL, o segundo partido mais votado da cidade em 2024, perdendo apenas para o PSD de Jairo Jorge. Candidatos e a legenda do PSD somaram 20.259 votos para a Câmara enquanto o PL chegou a 19.888. Federação PT, PV e PCdoB vem logo atrás, com pouco mais de 19,3 mil votos.

É a primeira vez que o PL, claramente identificado como um partido conservador e de direita, chega tão próximo do topo dos mais votados em Canoas nos últimos 20 anos de eleições.

Só Airton e Campiol fizeram mais votos que a legenda de seus partidos

Um dos fenômenos que pode explicar a vitória de Airton Souza no primeiro turno das eleições em Canoas é o ‘descasamento’ do voto nos candidatos a vereador apoiados por Jairo Jorge. Dentre os prefeituráveis, ele foi o que mais sofreu com isso.

Somados, os votos nos partidos aliados à JJ chegam a 76.923 enquanto o candidato à reeleição fez somente 43.442. O eleitor não é obrigado a votar para prefeito em um candidato que o candidato a vereador apoie, mas quando isso ocorre, os números entre as eleições se aproximam, indicando uma fidelidade na campanha entre os candidatos ao parlamento e ao paço municipal.

Com Airton Souza e Odirlei Campiol, aconteceu exatamente o oposto: ambos fizeram mais votos do que a soma dos partidos que os apoiaram. Airton, por exemplo, somou 51.472 votos para prefeito e sua nominata à Câmara fez menos: 45.987. Campiol mais do que dobrou o votos que o Novo fez à Câmara: com 18.814 votos para prefeito – 257% mais do que os 7.318 que o partido vez com os candidatos a vereador.

Beth Colombo e Márcio Freitas fizeram praticamente a mesma coisa que suas nominatas. Ela, para prefeita, somou 15.313 e a nominata, 16.764; ele, para prefeito, fez 10.121 e a nominata, 9.429.

Rodrigo Cebola, do PSol, mais que triplicou a votação do partido – mas por conta do baixo desempenho, não pode ser considerado um fenômeno incomum. Ele fez 6.824 votos para prefeito e a nominata do partido apenas 1.983.

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