BLOG DO RODRIGO BECKER

CANOAS | Os ‘pontas’ canoenses no ataque de mundial que o PSDB está fazendo por um prefeito que pode virar candidato tucano ao Piratini em 2026; a luz do articulador

Alexandre Gonçalves, Aloísio Bamberg, José Carlos Patrício e Mário Cardoso foram recebidos por Marcelo Maranata (centro) em Guaíba nesta quinta, 10. Foto: Divulgação

O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, abriu não um espacinho, mas um espação na agenda desta quinta-feira, 10, para receber em seu gabinete os vereadores José Carlos Patrício e Aloísio Bamberg, do PSDB de Canoas, reforçados por Alexandre Gonçalves, do PDT. Alexandre participou do encontro em consideração aos colegas e por ser do mesmo PDT de Maranata, mas Patrício e Bamberg tinham uma missão: reforçar o convite da direção nacional tucana que na terça, 8, convidou o prefeito de Guaíba para se filiar ao partido e disputar o Piratini no ano que vem.

Maranata balançou, mas ainda não disse  “sim” nem “não”.

É artilharia canoense na tarefa de manter o PSDB vivo e viável após a saída de Eduardo Leite rumo ao PSD e a anunciada debandada de deputados, prefeitos e vereadores, que devem seguir a mesma estrada até a janela de março do ano que vem. A atual presidente tucana no Estado, Paula Mascarenhas, que foi a sucessora de Leite na prefeitura de Pelotas, conta os dias para assinar ficha no partido de Gilberto Kassab e a direção nacional do PSDB — leia-se Aércio Neves e o presidente da sigla, Marconi Perillo — não querem o Rio Grande do Sul fadado a ser ‘reboque’ de Leite por ausência de opções eleitorais.

É ai que entra Maranata.

O prefeito de Guaíba foi reeleito em 2024 com 72,25% dos votos válidos — quase 41 mil votos. Sua principal adversária, Cleusa Souza, exatamente do PSDB, fez 9,8 mil. Um fenômeno eleitoral em uma cidade devastada pelas enchentes de maio. Visto na cidade como tocador de obras e bom de gestão, atual presidente da Granpal — a associação dos municípios da Região Metropolitana —, Maranata percebeu que há um espaço para colocar o discurso dos atingidos pela tragédia climática no centro do debate pela disputa do Piratini. E parece disposto a enfrentar a eventual polarização entre o candidato do governo, que será o atual vice, Gabriel Souza (MDB), contra seu adversário mais provável, o representante do bolsonarismo de extrema-direita, deputado Zucco (PL).

Seja pelo PDT, seu atual partido, seja pelo PSDB, que o corteja em Brasília e na porta de casa.

O articulador

Não é só Patrício e Bamberg que estão envolvidos nas conversas com Maranata. Mário Cardoso, presidente estadual do Avante, vem conversando com o prefeito de Guaíba e já se colocou à disposição de um plano que construa uma alternativa “sem extremos”. Habilidoso nos bastidores, Mario trata a questão como ela, de fato, é.

— Há possibilidade —, diz.

Cedo para cravar que será — e nisso Mário está coberto de razão. Mas como ninguém está proibido de um exercício de imaginação, imagine uma coligação de primeiro turno com PSDB e Avante, dois partidos com fundo eleitoral e tempo de TV, pautando os temas de Estado e negando o fatalismo da ‘grenalização’ que, no fim, parece sempre nos levar à escolha do ‘menos pior’?

Olha, pode dar liga.

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