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CANOAS | Patrício e as réguas medidoras de nível: o ‘dedo no pulso’ das cheias

José Carlos Patrício, vereador do PSDB de Canoas. Foto: Divulgação

Vereador propôs a instalação de réguas para medir, em Canoas, os níveis do Sinos e do Gravataí

José Carlos Patrício (PSDB) apresentou na Câmara de Canoas e deve ser votado nesta terça-feira, 1º, um pedido de providências para que a Secretaria de Defesa Civil e Resiliência Climática instale réguas medidoras de nível no Rio Gravataí e no Rio dos Sinos nos trechos em que esses passam pela cidade.

É uma medida não só boa como necessária.

Até 2024, Canoas tinha uma régua de medição no Sinos, na Praia do Paquetá. Por ela, a Defesa Civil sabia quando iniciar ações de contenção de danos — especialmente com a população ribeirinha, muito sujeita aos impactos das cheias. A régua, no entanto, foi destruída com a enchente de 2024 — com também aconteceu com a régua de medição do Guaíba no Cais Mauá.

No Gravataí, nunca tivemos uma medida exata no nível na foz, próximo da Cassol, onde a água entra por falta de contenção e atinge ruas mais baixas do bairro Rio Branco.

Na justificativa do pedido, Patrício explica que as réguas servem para muito mais do que apontar a altura da águas. Elas são um indicador para ações de defesa.

Um exemplo? Porto Alegre, a nossa capital. Por lá, quando a régua reinstalada no Cais Mauá atinge a cota de 2,80m, é acionado o protocolo de alerta de cheias. Ele indica que as comportas no dique entre o Centro e o bairro Navegantes devem ser fechadas e a evacuação da população ribeirinha nas ilhas. Na sequência, quando atinge a cota de inundação, em 3m, indica que há um nivelamento do rio com a Avenida Mauá e dispara novas ações de mitigação dos efeitos das cheias — inclusive o fechamentos das comportas ao longo do muro e que pode haver eventuais alagamentos de ruas do centro histórico.

Uma régua no Gravataí permitiria a criação de um protocolo para as cheias que invadem a cidade em sua foz, desprotegida enquanto um muro de contenção não for instalado por ali. Quando a água chegasse a um determinado patamar, a Defesa Civil poderia acionar com melhor precisão as medidas de prevenção, indicando às pessoas que vivem nas áreas mais baixas do Rio Branco, por exemplo, se é necessário deixar suas casas ou não.

O mesmo vale para o Paquetá, zona que seguirá sujeita às enchentes por ficar entre o dique e o Rio dos Sinos, sem qualquer anteparo de proteção. As famílias que vivem ali já estão habituadas às cheias — a maioria, inclusive, mora em casas conhecidas como palafitas que ficam bem mais altas do que o solo, mas isso não significa que a água em elevação no Sinos não provoque problemas por ali. 

Sobretudo, a régua precisa nos indicar quando acionar o socorro, o acolhimento e a emergência. Enfim, morando em uma área de risco ou não, são todos canoenses.

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