Há duas medidas que justificam a mudança que, no entanto, não é definitiva
Faz sentido centralizar a aplicação das vacinas contra a Covid-19 apenas na Central de Vacinas, na Estação Canoas do Trensurb. Lá o horário de atedimento é maior – das 7h às 19h – e há estoque de todos os imunizantes para primeira e segunda dose (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca). Nos postos, às vezes tem um e não tem o outro; a logística de distribuição é outra e, claro, mais complexa.
Mas tem outra justificativa para a medida, igualmente relevante. A Campanha de Multivacinação deste ano teve baixa adesão e precisou ser prorrogada até o final do mês. Talvez por conta da pandemia, com mais crianças em casa e menos circulação de outros vírus durante o inverno, menos gente foi ao posto de saúde atualizar a carteira de vacinação. Crianças e adolescentes de até 15 anos tem que verificar se estão com seu esquema vacinal em dia. Coqueluche, difteria, tétano, poliomielite e catapota são algumas das doenças preveníveis por vacina e praticamente não ocorrem casos graves delas há anos no país – mas se der bobeira e deixar de vacinar quem está em idade para tanto, elas podem realmente voltar.
Em 2019, por exemplo, uma adolescente de 14 anos morreu em Canoas por um tipo evitável de meningite. Ela não tinha sido vacinada. Isso foi antes da pandemia e, claro, o risco do coronavírus acabou se impondo às demais precauções por razões bastante óbvias – mas agora não é mais o caso.
Segundo a Prefeitura de Canoas, a vacinação contra a Covid pode voltar aos postos em breve, mas por enquanto, toda a rede está dedicada, até o final de novembro, a Campanha de Multivacinação. Com o retorno do ensino 100% presencial, não dê bobeira: leve seu filho para vacinar, lembre os amigos e vizinhos.
Não faz sentido a gente sair de uma pandemia e arriscar entrar em outra.
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