Em nova audiência com Ministério Público do Trabalho, sindicato, empresa e prefeitura fizeram acordo para manter ônibus nas ruas
Em audiência online mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho entre a empresa Sogal e o Sindicato dos Rodoviários de Canoas, que alertava para possibilidade de greve dos funcionários, a Prefeitura de Canoas propôs a compra antecipada de R$ 1,38 milhão em vales-transporte. As passagens serão usadas para os beneficiários do Auxílio Emergencial Canoense, que poderão utilizar R$ 92 mensais para deslocamento.
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O valor será pago em três parcelas de R$ 460 mil, a serem quitadas nos dias 19 de março, 25 de março e 23 de abril. Em contrapartida, a Prefeitura exige que a Sogal faça a quitação dos salários atrasados dos meses de janeiro e fevereiro, além das cestas básicas e benefícios de vale-alimentação, que estão pendentes. O acordo aconteceu na tarde desta quarta-feira, 17. O prefeito Jairo Jorge, o secretário de Transportes e Mobilidade, Francisco Nunes, e o procurador-geral Cesar Palma representaram o município na negociação.
Junta de Governança
Além disso, a Prefeitura propôs a criação de uma Junta de Governança, que se reunirá diariamente para discutir soluções para o transporte público de Canoas. O grupo será composto por dois representantes do Município, dois representantes da empresa e dois representantes do sindicato.
Foi proposto também o lançamento do Plano de Recuperação do Transporte Coletivo de Canoas. O projeto prevê a criação de dez linhas rápidas de ônibus, que farão integração com as estações de trem e a retomada de outras dez linhas seletivas, para oferecer um serviço melhor à população. Será feito, ainda, um estudo de revisão da tarifa e de eventuais excessos de gratuidades. Se aprovadas, essas ações entrarão em vigor no prazo de 90 dias.