Secretária responsável pela atração de novos negócios para cidade deixa o governo em março para se lançar candidata a deputada estadual
Simone Sabin está deixando o governo nas próximas semanas: esse é o 'até logo' do título deste post. Sem rompimento, ela deixa a pasta do Desenvolvimento Econômico conforme o combinado lá em dezembro de 2020, quando aceitou o cargo, com a condição de que pudesse concorrer a deputada estadual e ajudar na campanha de Jair Bolsonaro RS afora.
O 'adeus' que imprimo na chamada é outro: Sabin confirmou ao blog que seu tempo de PRTB chegou ao fim. Ela concorreu a prefeita pelo partido em 2020 e, no segundo turno, foi a primeira a abrir apoio a Jairo Jorge. Mas, agora, a prioridade da advogada, empresária e professora é outro: a reeleição do capitão-presidente.
"Devo ir para o PTB", adianta ela.
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A costura política para que Simone Sabin entre no partido, forme nominata e dispute uma vaga na Assembleia Legislativa se dá longe dos pampas, bem além das margens canoenses da BR-116. Com trânsito franqueado aos corredores do poder em Brasília, ela discute com o novo presidente do PTB nacional, Marcus Vinícius Ferreira – o homem que substituirá o ex-todo-poderoso Roberto Jefferson no comando da sigla. Mudou o nome na placa, mas não mudou a política: o PTB seguirá sendo a 'mula do presépio' na empreitada de Bolsonaro contra Lula nas urnas, mas todo empoderado e, desta vez, unido. A especulação, inclusive, é que o general Braga Neto, Chefe da Casa Civil e 'ficha 1' para ser o vice da reeleição, deve assinar com o partido ainda em março.
O 'até logo' de Sabin, importante retomar, não tem a ver com uma eventual volta dela ao cargo após a eleição, caso não se eleja. É que o combinado dela com JJ 'é para quatro anos', como dizem por aí. Isso não descarta uma volta de Sabin, mas especialmente mantém ela na órbita da política local e no hiperespaço do governo em Brasília e do PSD por aqui – essa zona gigantesca do Centrão que vai intermediar o diálogo com o capitão caso ele consiga virar os números e bater Lula em outubro.
Para todos os efeitos, melhor Sabin por perto do que distante.