Sindicato reclama que tratativas com Governo do Estado não avançaram e que reuniões diárias simplesmente não aconteceram. Região inteira corre o risco de ficar sem ônibus nos próximos dias
O Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos, que representa os motoristas e cobradores das linhas intermuniciais – antiga Vicasa, Transcal, Sogil, Sogal e Viamão – cansaram de esperar por uma posição do Governo do Estado sobre os atrasos nos pagamentos dos trabalhadores. Esta manhã, o presidente da entidade, Mauro da Silva Santos pediu uma reunião com os donos das empresas para negociar uma saída. Se não der resultado, prevê a volta das 'operações tartaruga', que põe ônibus rodando a baixa velocidade nos corredores em Porto Alegre.
A possibilidade de uma greve geral na categoria também não pode ser descartada.
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Segundo o sindicato, os trabalhadores esperam a retomada da integralidade do vale-refeição, cortado a 50% desde o ano passado em razão da pandemia, o pagamento do terço de férias aprazado para julho, a negociação do dissídio e o fim das demissões. Motoristas e cobradores estão sem reajuste desde 2019. O setor já perdeu cerca de 40% de sua força de trabalho desde março do ano passado, quando o coronavírus fez um verdadeiro 'strike' no transporte coletivo.
Ainda conforme o sindicato, após uma reunião de emergência no dia 6 de agosto que segurou a greve programada para segunda, dia 9, não houveram mais encontros do grupo formado com o governo gaúcho para discutir a situação do transporte metropolitano. Havia a expectativa de um aporte de recursos do tesouro do Estado para equilibrar a operação de transporte na região, mas muita incerteza jurídica sobre a forma como o auxílio poderia ser dado. Em 10 de agosto, o secretário de Apoio aos Município, Luiz Carlos Busato, disse ao blog que as concessões do transporte metropolitano são antigas, algumas inclusive com dúvidas sobre a respeito de sua validade – o que poderia inviabilizar um aporte emergencial de recursos.
A secretaria da Fazenda e a Procuradoria do Estado estavam trabalhando em uma solução para superar o impasse e se comprometeram a receber, diariamente, representantes dos trabalhadores e das empresas para atualizações e alternativas. O blog tentou contato com a Metroplan, que gerencia o sistema de transporte na região, mas não obteve até a publicação deste post uma confirmação a respeito do fim das tratativas.
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