Início dos trabalhos se deu em ato solene na Guilherme Schell, pertinho de onde durante a enchente, toneladas de resíduos foram retirados da zona alagada
Após um período de quase 30 dias para esclarecimento de dúvidas junto ao Tribunal de Contas do Estado, Canoas deu início na manhã desta quarta-feira, 16, à primeira operação de recuperação asfáltica do governo Airton Souza — o tapa-burtacos, trocando em miúdos. Nesta etapa, serão feitos pontos mais críticos da cidade em todos os quadrantes, com cronograma fechado semana a semana, pela Secretaria de Obras, Subprefeituras e Gabinete do Prefeito.
Em vez de várias turmas de trabalho pela cidade, a opção foi por contratar uma equipe reforçada, concentrada em um ponto de cada vez. Para isso, a empresa Romanelli, escolha em licitação pela prefeitura, trouxe de sua matriz no Estado de São Paulo uma nova máquina capaz de carregar até 15 toneladas de concreto betuminoso usinado a quente — o popular ‘asfalto’. Com isso, a equipe consegue dar conta do serviço que era dispensado a até três turmas convencionais.
O contrato com a empresa tem vigência de um ano, pode ser renovado por mais cinco, e prevê a colocação de 12 mil toneladas de asfalto por mês na cidade: 9,5 mil toneladas na modalidade “recap”, que acontece quando é preciso remover parte da pavimentação existente para recuperar o trecho; e outras 2,5 mil toneladas em tapa-buracos propriamente dito.

“É a nossa largada na recuperação das ruas da cidade que estão precisando demais dessa atenção”, comentou o prefeito Airton Souza. “As pessoas tem reclamado e tem razão. É só o início”, lembrou o vice, Rodrigo Busato, que também participou do ato de início da operação na Guilherme Schell, próximo da divida com Esteio.
O local é emblemático por dois motivos. É uma das vidas mais movimentadas da cidade e que requeria manutenção desde a enchente de 2024 e porque, há poucos metros dali, ao lado do Atacadão, foi um dos maiores depósitos de resíduos retirados das ruas após o esgotamento as águas em junho do ano passado.