Presidente do partido que sucede do PTB admite conversas com variado leque de lideranças políticas, mas não abre mão de que decisão sobre eleições fique nas mão da executiva que ela comanda
A ‘loira’, como é conhecida nos bastidores da política, faz o perfil da liderança sem alarde. Mas Simone Sabin não foge da crise, se for preciso.
O Partido da Renovação Democrática, PRD, presidido por ela, ganhou musculatura na janela com a filiação do prefeiturável Márcio Freitas e seu escudeiro Leandrinho, além de candidatos a vereador que manterão uma bancada do partido na Câmara após a eleição de outubro. Simone sempre destacou sua preferência bolsonarista, mas o PRD é, em Canoas, um partido de centro; à excessão da esquerda clássica, conversas não são proibidas com ninguém — desde que a decisão sobre estarem juntos seja da executiva do partido.
De Simone, enfim.
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Há algumas semanas, ela deu o recado quando Márcio Freitas foi visto em um café com Felipe Martini. Rapidamente tratou de desautorizar o papo. Depois, combinaram que as coisas ficariam assim: conversar, pode. Mas nada de acordos sem que ela fosse a avalista. As rédeas do PRD estão nas mãos dela e a torneira de onde vem os recursos do fundão eleitoral também. Então, é ela que manda.
Dito isto, a novidade é informação não desmentida por ninguém de que o PRD teve um papo com o núcleo político do governo Jairo Jorge. Sabin foi secretária de JJ em 2021 e saiu em março de 2022 para concorrer à deputada naquela eleição. Contatos, portanto, ela tem.
As dúvidas que ficam são se Márcio sabe e se concorda com isso.