Xô terceira onda

CANOAS | Vacinação e testagem: como Canoas chega ao final de julho com a menor ocupação hospitalar da pandemia

Uso de máscaras e todos os demais cuidados de higiene e distanciamento devem seguir mesmo se risco de terceira onda for afastado. Foto: Arquivo Seguinte

Cidade que liderava o ranking da prevalência da Covid-19 tem, hoje, taxa de ocupação hospitalar menor do que 30%

Canoas teve seus dias de profunda tristeza coletiva. Em março, a timeline de cada um de nós esteve tomada de luto, amigos familiares, pessoas próximas ou distantes, despedidas sem fim. Um mês inteiro que marcou a pandemia em nossas vidas, dias que não queremos que se repitam.

E, a julgar pelos números da ocupação hospitalar nestes últimos dias de julho, não se repetirão.

Na quinta-feira, 22, Canoas tinha apenas 29% de vagas de UTI-Covid ocupadas e, na sexta, 23, os números giravam em torno de 26%. "São os números mais baixos desde o início do ano", conta o secretário da Saúde, Maicon Lemos, que conversou com o blog  para garantir que a mobilização de combate ao coronavírus, no entanto, não vai arrefecer. "Temos um caso suspeito ainda em investigação que pode ser da variante Delta, muito mais contagiosa. Não podemos desmobilizar".

 

LEIA TAMBÉM

CANOAS | Para dar um ’up’ na vacinação: calendário chega aos 34 anos e tem mutirão no final de semana

CANOAS | Esporte popular no Canadá ganha quadra em Canoas, a primeira oficial em todo o RS

 

A variante Delta, aliás, é o componente principal do risco de uma terceira onda de Covid-19 não só na cidade, mas em toda a região. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde revelam que a mutação pode favorecer um contágio até quatro vezes mais rápido do que a P1, a variante que ainda prevalece em solo brasileiro. "Com o avanço da vacinação e a testagem em massa que fizemos e estamos fazendo, mesmo que essa terceira onda chegue, não esperamos que seja como a de março", acredita o secretário. "Mesmo assim, todas as estruturas de Saúde seguem funcionando e sempre preparadas".

Canoas conta com 117 leitos de UTI para pacientes em tratamento da Covid-19 e 168 leitos de enfermaria, com equipamentos que auxiliam a respeiração. Destes, apenas 20 estavam ocupados na sexta, 23.

Da maior prevalência a queda de casos

A vacinação que avança – a cidade já passou de 50% da população com pelo menos a primeira dose no braço – e a testagem são apontadas pelo secretário Maicon Lemos como responsáveis pela inversão ocorrida no combate à pandemia em Canoas. Em janeiro, estudos conduzidos pela Universidade de Pelotas com o apoio da Unisinos e da Universidade La Salle sobre a presença do vírus no Estado a pedido do governo gaúcho, a EpiCovid, apontavam Canoas na liderança do ranking de prevalência do coronavírus. Em outras palavras, era a cidade em que havia a maior contaminação comunitária.

"Investimos em testagem para que o cidadão que estivesse contaminado recebesse atenção do sistema de saúde e se afastasse das suas atividades habituais, o que evita novos casos", lembrou no início da semana o secretário de Enfrentamento à Pandemia, Felipe Martini, antecipando os números positivos do combate à Covid-19 que apareceram na sexta. "A vacinação é muito importante nesse sentido. Houve uma diminuição de casos e isso significa que há menos vírus cirdculante", diz o secretário de Saúde, Maicon Lemos. "Canoas é, hoje, a quarta cidade no ranking de prevalência".

Canoas começa na segunda-feira, 26, a vacinação de jovens de 12 a 17 anos com comorbidades. A redução da 'zona livre' de imunidade é a chave para afastar as chances de uma terceira onda. "O público mais jovem é hoje o que mais preocupa porque são os menos imunizados. Já passamos pelos idosos, pelos maiores grupos de risco e estamos reduzindo a idade nos chamamentos de acordo com a disponibilidade da vacina", informa o secretário.

 

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade