Atual prefeito e seu antecessor ainda não havia se encontrado pessoalmente desde a posse, em 1º de janeiro
Não é uma agenda política, objetivamente falando. O encontro de Jairo Jorge e seu antecessor Luiz Carlos Busato é o elemento local em um tema nacional que terá Canoas como palco. JJ, o anfitrião, recebe Busato, o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Sebastião Melo, o prefeito de Porto Alegre, e Pedro Maranhão, o secretário Nacional de Saneamento, para uma visita à Usina Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCC). A atividade integra a programação do seminário “Desafio para a regionalização e sustentabilidade dos serviços de resíduos sólidos no Rio Grande do Sul”, que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 16, na sede da Famurs, em Porto Alegre.
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O que se faz com o lixo que todos produzimos é um preocupação de 10 em 10 prefeitos Brasil afora. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento Regional tem feitos encontros como o desta quinta em Porto Alegre para ampliar a discussão sobre o tema em todo o país. O Marco Legal do Saneamento definiu novas regras para a universalização dos serviços de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos urbanos e todos os municípios deveriam apresentar, até 15 de julho deste ano, a proposição de instrumentos de cobrança que garantam a sustentabilidade econômico-financeira destes serviços.
“O novo Marco Legal tem a questão dos resíduos sólidos como um dos seus pilares. Hoje estou aqui em Porto Alegre para falar sobre a importância da estruturação dos consórcios para a gestão dos resíduos sólidos urbanos e conhecer, de perto, a realidade da população”, afirmou Pedro Maranhão. “Nosso objetivo é trabalhar em conjunto com os gestores locais para oferecer a melhor solução e atender às propostas da nova Lei”, completou o secretário.
A boa notícia: com o Marco Legal, o país espera resolver de vez o problema dos lixões a céu aberto – e exatamente nisso que se encaixa a Usina RCC de Canoas. Embora não trabalhe com lixo comum, a usina opera com materiais sobrantes da construção civil que, em geral, são descartados de forma incorreta ao longo de ruas e locais ermos. O produto que sai de lá serve de insumo para obras públicas e, com a ampliação da produção, pode até ser comercializado.
Se todos os setores produtivos pudessem reciclar parte dos rejeitos que produzem, a quantidade de lixo da cidade despencaria – e menor seria o custo para o cidadão que precisa ter o lixo doméstico recolhido todos os dias.
O encontro de JJ e Busato, como disse na abertura deste post, não é político – mas, juntos, vão mostrar algo de Canoas que serve de exemplo para todo o país. Sem qualquer exagero.