Quando se fala que Gravataí – seus golpeachments, impugnações, cassações e absolvições – lembra um experimento de ficção científica depois abduzido pela política nacional, não é por deboche, ou por acaso: emblemáticos são os casos de Rita ‘Dilma’ Sanco, Daniel ‘Lula’ Bordignon, vereadores condenados e absolvidos, processos kafkianos, etc. etc.
E não é que, em 2018, poderemos ter mais uma surpresa das idas e vindas, à esquerda e à direita, para cima e para baixo, unindo terras desbravadas por Pinto Bandeira?
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Jairo Jorge, candidato a governador pelo PDT tuitou que nesta segunda ele e Pompeo de Mattos, presidente do partido, discutiram “os rumos que o Rio Grande precisa” com o presidente estadual do PRB, Carlos Gomes, e Beth Colombo, que pelo PP foi vice do ex-petista em Canoas e, em 2016, derrotada como sua candidata a prefeita pelo partido que traz no sobrenome Igreja Universal do Reino de Deus.
Entre os rumos que entendem que o RS precisa para não despencar mais da ponta do mapa, por óbvio adoçou o cafezinho a conversa para uma coligação nas eleições ao Palácio Piratini.
O PDT ainda não tem candidato a vice e o PSB é uma incógnita, com Cachoeirinha servindo de gangorra para, de um lado, o ex-prefeito, deputado federal e presidente estadual José Stédile pender para sair do governo José Ivo Sartori (PMDB), e de outro Miki Breier pontear os prefeitos que estão ao lado do governador.
Como ao se filiar no PRB no fim do ano passado Levi Melo – o Dr. Levi, médico de Gravataí e candidato a prefeito nas últimas eleições – foi apresentado como potencial candidato a deputado estadual mas, principalmente, como o ficha 1 para ser indicado candidato a governador de alguém, o ‘experimento’ daqui a alguns dias poderá colocá-lo no mesmo palanque do ex-prefeito e ‘Grande Eleitor’ do PDT Daniel Bordignon.
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É preciso lembrar que, nos meses que antecederam o ‘veraneio das urnas’, o Seguinte: cunhou a expressão ‘cara de Levi’, para descrever o desconforto do médico na reunião em que foi apresentado, então pelo PSD, como vice de Anabel Lorenzi (PSB) na eleição suplementar de março de 2017 – para decepção da esposa Jucelei, também médica e presidente do Rotary, e contra os apelos dos irmãos de maçonaria e as súplicas de amigos muito próximos, incomodados pela aliança com aquela que consideravam uma esquerdista com simpatia por Fidel e Jean Wyllis.
Levi acabou desistindo de ser vice e, às vésperas da eleição, ainda recuperando-se do acidente que sofreu na campanha de 2016, andou pelas ruas, subiu no palanque e ajudou na reeleição de Marco Alba (PMDB) contra Anabel e Rosane Bordignon, esposa do ex-prefeito.
Dr. Levi assume a presidência do PRB de Gravataí às 9h30 deste sábado, na Câmara.
Se com ‘cara de Levi’ ou não, possivelmente dependerá de os pastores chegarem com o culto pronto, ou pedirem bênção a ele.
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