caso de polícia

Casal gay denuncia agressão em fila de restaurante de Gravataí; Freud explica

Vídeo viralizou nas redes sociais após ser postado por casal que alega ter sido vítima de homofobia

A história viralizou nas redes sociais e agora chegou à deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL), da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, que fez inclusive postagem se solidarizando com as vítimas. Um casal homoafetivo registrou ocorrência policial por homofobia alegando ter sido agredido, verbal e fisicamente, na fila de um conhecido restaurante japonês de Gravataí – que, sosseguem juízes da cultura do cancelamento, não tem nada a ver com os acontecimentos. 

O vídeo, que tem mais de 100 mil visualizações no Twitter, não mostra as supostas agressões, denunciadas como verbais e físicas, mas explicita o momento em que o casal acusado do crime deixa o local. Reportagem do Giro de Gravataí, que você acessa CLICANDO AQUI, traz detalhes. Além das imagens, tem depoimento de uma das supostas vítimas.

Para começar, neste artigo trato como “suposta agressão”, e “supostas vítimas”, porque não sou policial, promotor ou juiz. Não me abstenho, porém, de analisar o que se sabe até agora dos acontecimentos, e, também, preconceituosos sobre os comentários vomitados no vídeo e na reportagem – que, infelizmente, funcionam quase que como uma delação premiada para culpar os ‘suspeitos’ de homofobia.

O motivo das agressões, conforme as vítimas, foi estarem abraçados na fila do restaurante. Mesmo com a pouca idade, o casal homoafetivo certamente já é experiente em preconceito e, pelo que me indica a experiência com amigos na mesma condição, tende a buscar passar o mais despercebido possível. Provocariam uma confusão na porta de um dos restaurantes mais tradicionais de Gravataí? A força do amasso só quem estava lá sabe, mas seria justificativa para provocar uma reação violenta?

O mais assustador é que, enquanto tantos como você que me lê (concordando ou não) silenciam, nos comentários do vídeo e da reportagem do Giro muita gente apoia o casal que supostamente atacou o outro casal homoafetivo.

Significa que, mesmo que o casal acusado tenha chegado em casa envergonhado pelo que cometeu, nas redes sociais já há quem os trate por heróis. Como hipérbole, o guri de 17 anos que, em meio a manifestações do Black Lives Matter (Vidas negras importam), atirou com um fuzil em negros no Wisconsin, é hoje uma espécie de herói para muitos nos EUA.

Ao fim, um indício para acreditar na suposta homofobia o casal suspeito da agressão aparecer no vídeo e nas fotos sem máscara. Seriam eles adeptos da seita negacionista aquela na qual os seguidores acreditam em tudo aquilo que não preciso dizer o que é e você que me lê – e não pertence a ela – sabe do que se trata?

Reputo ainda ser um caso, além de polícia, para atenção do Conselho Tutelar, já que tudo ocorreu na frente de filhos do casal suspeito.

Ginsberg dizia que “nossas cabeças são redondas para que o pensamento possa mudar de direção”. Infelizmente, muitos andam para o lado errado. Com orgulho. Saíram do armário da violência e do preconceito. Freud explica. Indico o artigo Homofóbico? Talvez você seja homossexual, A homofobia poderia ser o resultado da repressão de certas pessoas a seus próprios desejos, de Pilar Jericó.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade