me corta os tubos!

Causos de um sexagenário chato

Da série me cortem os tubos! Me aguentem ou…

De longa data eu sei que sou chato. Agora, pior ainda: um sexagenário chato. Desculpa, errei. O certo é muuuuuito chato! Principalmente quando pago por alguma coisa e me entregam um produto não condizente, ou prestam um serviço que deixa a desejar de acordo com a minha chatíssima avaliação.

Só para os amigos terem uma ideia, relato dois casos.

Não faz muito tempo cheguei com uma pessoa em um restaurante de Porto Alegre com a intenção de conversar. Estávamos necessitando colocar os assuntos em dia e a casa em ordem. Claro que para usufruir do espaço é preciso consumir. Pedi uma cerveja.

O garçom, com extrema má vontade, praticamente jogou a garrafa sobre a mesa e sequer sonhou em servir nossas duas taças. Como em tempo antanho fui garçom, e dos bons, conheço os procedimentos que remetem a um bom atendimento, daqueles merecedores de uma boa gorjeta.

Papo vai e papo volta e pedimos uma segunda cerveja. Ele repediu o procedimento. Nesta alturas eu já estava ‘invocado’ e comentei com a pessoa que estava comigo que aquele era um mau funcionário, que não colocaria mais os pés naquele estabelecimento.

Pois, pasmem! Quando pedi a conta daí o pseudo-garçom (para mim um péssimo funcionário!) aparece com a dita dobrada ao meio, sobre um pratinho de metal e com um sorriso escancarado no rosto. Olho o valor e constato que, além do preço das cervejas, a casa está me cobrando 10% pelo serviço de quem? De quem?

Ah, chiei!

– Olha só, desculpa mas não vou pagar estes 10% por isso, e por isso…

O cara nem deixou eu terminar minha argumentação e concordou que eu pagasse só pelas cervejas. Ah, vá catar coquinhos!

Noutra feita, e essa já faz bem mais tempo… Muito mais tempo! Eu andava de novo por Porto Alegre, Zona Norte, e estava apertado, precisando ir a um banheiro. Parei na frente do primeiro pardieiro em que havia uma vaga para estacionar e, com a pessoa que me acompanhava, entrei. Estávamos dispostos a “abastecer o tanque”.

Como o banheiro estava ocupado, pedi uma “gelada” e paguei, no balcão mesmo. Mas o que deveria ser, razoavelmente, uns R$ 5,00, me foi cobrado R$ 10,00. Preço de cabaré, de zona! 

Ah, me indignei…

E tão logo tive oportunidade de ir ao banheiro, o fiz com o mais profundo sentimento de vingança. Expeli (palavra bonita!) uns dois litros, tudo fora do vaso, por cima do vaso, nas paredes e no papel higiênico, no cestinho de lixo… Sei que agi errado, até me arrependi, mas fico muito irritado quando me tiram para otário!

Agora, ao que importa.

Quando habitava, em 2016, na cidade das figueiras, que é como chamo Viamão, tinha lugar certo em que deixava o carro para lavar. Preço justíssimo pela excelência do serviço prestado. Coisa de primeira, que dava gosto de pagar.

Em janeiro de 2017 voltei a morar na cidade das bromélias e gravatás – Gravataí. Comecei a levar o carro aqui, acolá, do lado de cá e do lado de lá, em busca do serviço ideal. Até que achei uma lavagem não muito longe, com bom resultado. Era só pedir que o carro ficava “nos trinks”, que é como se dizia antigamente. Até que a coisa começou a “degringolar”.

Primeiro sumiu um pen-drive no qual eu tinha uma seleção musical do tempo do guaraná com rolhas. Depois os vidros começaram a ficar manchados, noutra vez não tiraram sequer o pó do painel. Na última vez em que estive lá paguei para que os caras me deixassem o carro, se não mais sujo, na mesma condição em que o entreguei.

Perderam o cliente. E eu era um cliente semanal, de todas as sextas.

Passei a procurar outras lavagens. Como sou muito chato, custei a encontrar uma, não muito longe de onde trabalho, em que fizeram um quase ótimo serviço na primeira vez que lhes entreguei meu pretinho para higienização. Gostei, paguei, fui viajar.

Tudo muito bem, tudo muito bom até que… Na segunda vez e nesta mesma lavagem, me devolveram o carro muito limpo, tudo certo sob este aspecto. Mas já na viagem e depois de pagar o pedágio, fui colocar o recibo no lixinho e… Cadê o lixinho? Ficou na lavagem.

Até aí tudo bem. Na segunda-feira eu pediria e certamente eles me entregariam o lixinho. Ledo engano o meu.

Passaram-se duas semanas para que eu recebesse o tal de volta. E a insistência nem era pelo valor, mas porque é algo que estava dentro do meu carro e que deveria ter sido recolocado onde estava depois de ser feita a limpeza. Isso que todo dia, praticamente, eu apelava para que meu lixinho me fosse devolvido…

Até que finalmente o trouxeram até minha base de labuta! Mas, daí, já era tarde. Como sou muito chato, já estou procurando outra lavagem que tenha gente séria trabalhando e faça um serviço, no mínimo, quase perfeito. Aceito indicações.

 

Por estas e por outras que eu falo: para o mundo que eu quero descer! Ah, aproveita e me corta os tubos.

 

 

 

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