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Celly Campello – Um Broto Legal no cinema

Célia Benelli Campello, a estrela Celly Campello

Celly Campello é considerada a rainha do rock brasileiro. A pioneira do gênero no país foi um grande sucesso musical na sua curta carreira.

Descente de portugueses, Célia Benelli Campello nasceu em São Paulo em 18 de junho de 1942, mas foi criada em Taubaté. Começou a carreira ao seis anos de idade, cantando na Rádio Cacique de Taubaté, depois passou a ser uma integrante fixa do Clube do Guri na Rádio Difusora da cidade. Aos doze, já tinha seu próprio programa de rádio.

Em 1959 gravou seu primeiro disco, acompanhada do irmão Tony, que a acompanharia durante boa parte de sua trajetória artística. Os irmãos ficaram populares ao apresentarem programas na televisão, como Crush em Hi-Fi (1959), na TV Record.

 

: Celly e Tony Campello

 

Ainda em 1959 estourou nas paradas com Estúpido Cúpido, versão brasileira de Stupid Cupid. A música foi um tremendo sucesso em todo o país. Ela ainda gravou outros sucessos como Lacinhos Cor-de-RosaBilly e Banho de Lua. O ator e cineasta Mazzaropi, vendo o sucesso da cantora, a convidou para participar de dois filmes seus: Jeca Tatu e Zé do Periquito, ambos de 1960. Nos filmes Celly aparecia cantando ao lado do irmão Tony Campello. Para tristeza dos fãs, ela deixou a carreira no auge, para se casar com seu antigo namorado de infância.

 

Casamento de Celly com José Eduardo Gomes Chancon

 

FILMES DE CELLY CAMPELLO

JECA TATU (1960)

 

 

 

ZÉ DO PERIQUITO (1960)

 

 

RITMO ALUCINANTE (1975)

 

Após muitos anos afastada, Celly retornou a carreira de cantora, revivendo seus sucessos do passado. Em 1975 ela participou do festival Hollywood Rock no Rio de Janeiro ao lado do irmão. O festival foi registrado e virou um documentário dirigido por Marcelo França, chamado Ritmo Alucinante (1975). No ano seguinte a Rede Globo levou ao ar a novela Estúpido Cúpido (1976), que se passava nos nostálgicos anos sessenta. A música de Celly era o tema de abertura e ela chegou a fazer uma participação, como ela mesma, na novela.

 

Celly em Ritmo Alucinante (1975)

 

Celly cantando em programa de televisão

 

Ao final da novela, retirou-se novamente, fazendo algumas apresentações esporádicas. Celly morreu em 04 de março de 2003, com apenas 60 anos.

Tony Campello apareceu nas telas nos dois filmes de Mazzaropi em que a irmã participou. Sem ela, atuou ainda em O Vigilante e os Cinco Valentes (1964) e 2000 Anos de Confusão (1964), estrelado por Dedé Santana e seu irmão Dino (a dupla Malóca e Bonitão). Também atuou em A Extorsão, um episódio da série Vigilante Rodoviário (1962).

 

 

Tony Campello em O Vigilante Rodoviário (1962)

 

Diego Nunes é gaúcho, formado em Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo, é pesquisador da memória cultural e artística, e sua paixão é o cinema. Além disso, atua como diretor cultural da Pró-TV, Museu da TV Brasileira, e no departamento de arquivo da Rede Record de Televisão.

Acompanhe-o pelo Memória Cinematográfica.

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