Uma ação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (10) desarticulou uma quadrilha que lucrava, segundo as estimativas dos investigadores, pelo menos R$ 2,5 milhões por mês jogando no mercado gaúcho contrabandeados do Paraguai e desviados de fábricas locais, revendidos a preços bem abaixo do mercado. Um dos pontos de partida do esquema estava em Gravataí.
De acordo com o delegado Gabriel Figueiredo, o produto vinha do Paraguai clandestinamente e era trazido para a Região Metropolitana. Daqui, tinha com principal destino a conexão dos distribuidores com a região sul do Estado. Nesta quarta, foram 18 pessoas presas — 17 em Rio Grande e uma em Canoas. Em Gravataí e Cachoeirinha, foram cumpridos dois dos 66 mandados de busca da Operação Pancada.
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A investigação teve início em março deste ano, quando a Polícia Federal descobriu um depósito com 380 mil maços de cigarros em Rio Grande. Lá, o cigarro era vendido em mercados formais, bem abaixo do preço de tabela.
— Além dos crimes de contrabando e da omissão de tributos, no caso dos cigarros nacionais, esta quadrilha afeta a saúde da população e vai contra tudo o que se faz de esforços nas campanhas antitabagistas. Em última análise, causam ainda mais prejuízo à sociedade nos custos da saúde — disse o delegado.
A PF ainda não confirmou o que foi apreendido nas ações em Gravataí e Cachoeirinha. Sabe-se que, ao todo, a operação indisponibilizou 70 veículos e 14 imóveis relacionados aos investigados por contrabando, formação de quadrilha e sonegação fiscal.