Parafraseando Hipócrates, Claiton Manfro faz parte do cosmos da política da aldeia. Um dos prefeituráveis em 2020, como tratei pela última vez em O candidato a prefeito que veio do governo em Gravataí, é o ‘cara’ de Giovani Cherini.
O terapeuta holístico, deputado federal, líder da bancada gaúcha no Congresso Nacional e presidente do PL, partido que é hoje o terceiro maior do país e tem dinheiro do fundo eleitoral para bancar uma candidatura local, gravou neste domingo vídeo confirmando a candidatura, que você assiste clicando aqui.
Vale pelo prestígio ao secretário de Governança e Comunicação do governo Marco Alba (MDB) por seis anos e hoje delegado regional do trabalho do governo Eduardo Leite (PSDB), porque Cherini não ultrapassa o lugar comum no que diz.
Até tropeça um pouco por isso, já que acerta ao dizer que a saúde precisa melhorar, o que tratei em artigos como Gravataí chama médicos, mas 4 em cada 10 desistem; 177 foram embora em 3 anos e Ministério da Saúde tira 39 médicos e recursos de Gravataí; ’arminha’ contra o SUS e o próprio prefeito admitiu em Marco Alba está feliz; siga em vídeo e entrevista, mas erra ao apontar a necessidade de melhorias na infraestrutura, já que Marco Alba, ao investir R$ 100 milhões em obras, faz de Gravataí um dos municípios brasileiros com maior investimento – o segundo do Rio Grande do Sul, depois de Porto Alegre, cujo levantamento mostrei em Gravataí cresce entre 100 maiores do país; investimentos só atrás de Porto Alegre.
Mas a notícia é que Claiton está nas paradas. Sob sua presidência, o PL, ex PR, é um ‘partido de base’, com lideranças comunitárias e ex-candidatos a vereador de diferentes espectros ideológicos. Sem espaço para ser o candidato a prefeito apoiado por Marco Alba, ou o vice, conversa com a oposição – tanto com Anabel Lorenzi (PDT) e os ‘Bordignons’, quanto com Dimas Costa (PSD) – mas está super zen para aventurar-se em uma candidatura própria, de “construção” do partido.
Inegável que uma candidatura de Claiton Manfro qualificaria o debate, por seu preparo, equilíbrio e lucidez.
– Não existe mais esquerda e direita, mas governo e oposição – é uma frase do cientista político e hipnólogo que diz muito.
Calculando o ‘confirma’ nas urnas, dificilmente ganharia a eleição, ao menos se corretas as pesquisas a que tive acesso, feitas até o fim de 2019 por três forças políticas. Arrisco que atrapalharia mais às principais candidaturas da oposição do que ao candidato do governo, seja Luiz Zaffalon, Dr. Levi ou Jones Martins, o ‘limão favorito’ de hoje Zaffa, como tratei neste fim de semana em Marco Alba curte Zaffalon; a preferência no domingo do palíndromo e A chapa dos sonhos de Marco Alba; de ’Grande Arquiteto’ a ’Grande Eleitor’.
É que, mesmo que Claiton pose de ‘isentão’, seu perfil mais canhoto do que liberal é a ‘cara’ do PL de Gravataí, um partido ‘da periferia’. Ao fim, tiraria votos de Anabel e Dimas nas vilas.