Cláudio Ávila desistiu de ser candidato ao vice de Daniel Bordignon. Restam no páreo o vereador Alex Peixe – que se filiou ao PDT com essa promessa, tanto que lançou como candidata à Câmara a esposa Rose Medeiros – e Humberto Reis, que busca seu espaço após perder a presidência do partido para o próprio Ávila.
– Meu motivo é simples: eleito vice, ficaria impedido de advogar por pelo menos quatro anos. E política não é, nem nunca foi ou será minha profissão. Sou crítico a isso, políticos profissionais – resume Ávila.
A desistência surpreende, já que o advogado era o preferido do presidente estadual do PDT, o deputado federal Pompeo de Mattos, que sempre temeu uma 'chapa pura’ de ex-petistas, como o são Bordignon e Peixe.
A lógica de Pompeo é que, sabe-se-lá o que poderá acontecer após uma eventual eleição, já que – diferente de vereadores e deputados – prefeitos e vices podem sair dos partidos sem perder os mandatos.
Fora da disputa pelo vice, Ávila se dedica agora à coordenação geral da campanha de Bordignon, do qual é também o centro financeiro.
E – tem gente pilhando – pode ser candidato a vereador.
Pronto, essa é a notícia.
Agora o Seguinte: arrisca antecipar como a informação será usada por adversários de Bordignon, pelo menos nos bastidores.
1. Uns vão dizer que Ávila salta fora por não dar a candidatura, e a eleição, como tão certas como diz.
2. Outros vão dizer que a relação com Bordignon não anda às mil maravilhas.
3. Alguém dirá que acendeu o sinal de alerta e se tornaram essenciais os votos e a turma de Peixe na Morada do Vale, numa eleição que pode ser decidida no detalhe.
E por aí vai.
O que não resta dúvida é que, faltando ainda um mês para a convenção, Ávila se ‘autoesfriar’, confirmando que está fora da disputa do vice, levanta as mais altas (e baixas) especulações.
Na política é assim, fofoca se espalha logo, porque pode ser mentira.