O PDT deve ter prévias.
E o Mert Altintas da candidatura de Rosane Bordignon nas novas eleições pode tê-la tirado no amigo secreto do último sábado, na Paragem Verdes Campos.
Em frente às câmeras, Cláudio Ávila confirma que também será candidato à indicação do partido para disputar a Prefeitura de Gravataí.
O suspeito número 1 de praticamente todas as polêmicas políticas da aldeia nos últimos cinco anos comunicou o presidente estadual Pompeo de Mattos em reunião agora há pouco.
– Acho que o partido deve fazer uma escolha entre apresentar para a cidade uma alternativa da política tradicional ou uma novidade – resumiu, do seu jeito explosivo, como que fazendo uma reconstituição onde Rosane, por ser esposa de Daniel Bordignon, representa tanto quanto Marco Alba (PMDB) e Anabel Lorenzi (PSB) grupos políticos já conhecidos do velho GreNal eleitoral da aldeia.
Ele, Cláudio, inspirado na vitória de Nelson Marchezan Jr. em Porto Alegre, se apresenta como uma cara nova no veraneio das urnas.
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Os olhos da medusa
O advogado autor do impeachment da prefeita Rita Sanco, que de algoz da queda de uma dinastia petista de quase duas décadas, cinco anos depois foi tratado “por nossa família como um filho e um irmão” em textão de facebook escrito há duas semanas por Daniel Bordignon, também entregou a Pompeo a presidência do PDT.
– É para me dedicar integralmente à candidatura – diz Cláudio, que ao estilo de como lhe descrevia o ex-vereador Ricardo "não olhe nos olhos da Medusa" Canabarro parece ter seduzido o vereador reeleito Alex Peixe, preterido por ele ao vice de Bordignon nas eleições de outubro, mas que agora indica como presidente.
– Acho que o Peixe também é um nome novo para entrar no debate sobre a chapa – instigou Claudio, esquentando a revelação feita ontem pelo Seguinte: de que nunca esteve tão tensa a relação dele com Bordignon e que poderia apresentar uma chapa formada por ele e Peixe para enfrentar Rosane internamente.
– Peixe nunca teve nenhum problema com a justiça, nem andou com quem está enrolado com ela – fulminou, possivelmente na segunda parte da frase mirando num dos cotados em articulações de bastidores para substituí-lo como vice de Rosane: Demétrio Tafras, vereador eleito, que já assessorou o deputado estadual Mario Jardel.
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Ao fim, o ‘incidente diplomático’ (cuja cortina de fumaça é a inconformidade de Cláudio pela reaproximação de Bordignon com o PT, mas que por verdade tem como principal motivo a opção do ‘Grande Eleitor’, e seus 45.743 votos, pela esposa Rosane, aliada a pouca blindagem do ex-prefeito à escolha do ‘homem bomba’ ao prêmio de consolação do vice) pode levar o PDT, ou o que sobrar dele, para os braços de Anabel.
Em mesóclise de Presidente da República, declarar-se-ia a III Guerra, com as novas eleições transformadas em um verdadeiro ‘segundo turno’ entre governo e oposição, mas apenas de candidaturas da base do governo Michel Temer.
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Para prever uma bandeira branca com Anabel, não é preciso ter nascido em Ancara aos nove anos de idade. Perguntado se a candidatura própria do partido continua inegociável, Cláudio Ávila não foi peremptório como nas outras vezes em que, durante a campanha de 2016, descreveu a amiga (seu ‘Bordignon de 2012’), como “uma folha em branco na história da política”:
– Acho que a partir de agora tudo deve ser rediscutido. O que não podemos permitir é a reeleição do atual prefeito – surpreende aos desavisados o jovem que, aos 34 anos, e como é característico de sua geração, sabe jogar com a efemeridade das palavras faladas, digitadas e até printadas.
– O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ainda não definiu o novo calendário eleitoral. Não sabemos nem quando serão as eleições. Qualquer decisão, nossa ou de outros partidos, só vale em convenção – alerta, como que tirando qualquer oficialidade do lançamento de Rosane para prefeita 15 dias atrás o, pelo menos até que Pompeo de Mattos e Carlos Lupi digam que não, xodó das direções estadual e nacional, e centro financeiro das campanhas do PDT.
Como Burhan Ozbilici, nossas câmeras seguem abertas.
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