Quem conhece Clebes Mendes sabe que ele não é do tipo que conversa de porta fechada. É brigão, tem posição, opinião e encara as consequências. Sem marcha ré na coragem, não esconde de ninguém que quer ser candidato à Presidência da Câmara, e nem que sofre assédio da oposição para concorrer rebelado. Mas conspiração parece que não faz parte do seu vocabulário.
O ‘Bolsonaro da aldeia’ garante que, mesmo que tenha vivido quase que um armagedom com o governo e o PMDB antes das eleições, não será o Judas na Santa Ceia.
– É estratégico não só para o partido, mas para toda base, para nosso projeto, ter a Presidência da Câmara e a Prefeitura. Temos os 12 votos necessários. Estamos fechadinhos. Ninguém vai roer a corda – disse há pouco ao Seguinte:, sem fazer mistérios, ao responder à pergunta se seria o candidato do governo ou da oposição.
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Clebes confirmou que, na véspera do Natal, apresentou seu nome em almoço da bancada com o prefeito Marco Alba, onde também se colocaram na disputa o atual presidente da Câmara, Nadir Rocha, que já foi prefeito interino nos 30 dias entre a cassação de Rita Sanco (PT) e a eleição indireta de Acimar da Silva (PMDB), e Paulinho da Farmácia, o vereador mais votado do partido.
– Só serei presidente se houver consenso no PMDB e entre os partidos da base – avisa, desfazendo previsões de surpresas na eleição do dia 1º, onde logo após a posse o próximo presidente, escolhido por maioria simples entre os 21 vereadores, assumirá a Prefeitura interinamente até a pessoa que comandará a Prefeitura até 2020 ser escolhida pelo voto popular nas eleições suplementares de 12 de março.
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Não importa o governo, base parlamentar às vésperas de eleição lembra sempre aquela do Millôr:
– Todo mundo me dizendo que a vida está cada vez mais insuportável. Mas eu quero ver quem salta primeiro.