Da roça no Caraá a um dos empresários mais bem-sucedidos da Morada do Vale. De uma eleição para vereador em um ano à vice-prefeitura da terceira economia gaúcha no outro.
Tudo tem acontecido rápido na vida de Áureo Tedesco.
Hoje, com a viagem do prefeito a Brasília para reuniões em ministérios, o dono da Agropecuária Avenida assumiu pela terceira vez a Prefeitura em apenas seis meses e 11 dias do governo Marco Alba, mostrando que as conspirações nacionais e a ‘síndrome do vice’ que assombra a política de Gravataí estão passando longe dos dois.
– Realmente é uma trajetória política meteórica. Concorri pensando em ser um bom vereador e, no futuro, quem sabe buscar algo mais. Quando houve a nova eleição e surgiu a possibilidade de ser vice do Marco, não pensei duas vezes – analisou há minutos ao Seguinte:, ressaltando a afinidade com o prefeito e a amizade que se criou entre as duas famílias.
– Sempre admirei o jeito do Marco. A gestão que ele faz é como acho que deve ser no setor público: o mais próximo da iniciativa privada – compara a estrela em ascensão do PSDB, segundo maior partido da base do governo, que pretende cumprir o mandato para o qual foi eleito, deixar para o futuro uma candidatura a deputado e “respeitar a hierarquia” no partido, que tem no ex-vice-prefeito e ainda todo-poderoso dos tucanos Francisco Pinho o provável candidato à Assembleia Legislativa em 2018.
– Estou empolgado por fazer parte disso. Com os R$ 100 milhões que estão vindo do CAF e mais o que virá do banco do Brics, acredito que este governo ficará marcado na história de Gravataí.
Apesar da humildade que lhe é característica, o gringo afável e querido de todos bobo não é. Não são poucas as vezes em que o vice-prefeito tem questionado internamente a distribuição de espaços no governo liderada por Pinho.
Inclusive, no acordo onde o ex-vice-prefeito garantiu a Secretaria de Serviços Urbanos e indicou o braço direito Denner Gelinger para a Agricultura, Áureo conseguiu arrancar o compromisso de que, se Pinho se desincomptibilizar para concorrer a deputado, não volta para o governo.
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