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COLUNA DO MARTINELLI | Áureo, Pinho e os vereadores, cada um de um lado

Áureo Tedesco, saindo da Câmara no dia em que trocou a eleição a vereador pelo vice

Tucanos estão se bicando desde abril, quando foi definida dentro do PSDB a fórmula para divisão dos cerca de 30 cargos que o partido ocupa no governo Marco Alba (PMDB), em Gravataí.

Ilustrando.

De um lado, o descontente vice-prefeito Áureo Tedesco.

De outro, o contente ex-vice-prefeito Francisco Pinho.

No meio, os vereadores Neri Facin e Mário Peres, quietinhos, só torcendo para que ninguém avance nos cinco CCs de cada um.

– O Pinho, além de ocupar o maior posto do partido no secretariado, colocou o Denner no primeiro escalão e indicou para 12 cargos pessoas que não concorreram. O critério parece ter sido apoiar o filho dele – resume Tiago Bagatini, membro da direção municipal, se referindo ao experiente político ocupar a Secretaria de Serviços Urbanos, ter bancado (e levado) como secretário da Agricultura o braço direito Denner Gelinger e ter indicado para os CCs apoiadores da campanha de Fred Pinho, não reeleito ao cair de 1436 votos em 2012 para 632 em 2016.

– Em nome de 15 candidatos do partido levaremos nossa indignação ao presidente estadual Nelson Marchezan – avisa Bagatini, que concorreu a vereador, fez 267 votos, e na semana passada organizou um encontro no CTG Chaleira Preta onde apenas Áureo e os descontentes compareceram.

Bagatini, ao externar a crise, reproduz o pensamento de Áureo. Que neste momento se preserva, sem entender até hoje a matemática a que foi submetido pelo partido. Afinal, renunciou ao cargo de vereador eleito para ser vice, mas tem menos espaços no governo do que o outro vereador eleito e o suplente.

– Pinho é bom em montar partidos, mas depois abandona os companheiros para ficar com tudo para ele. Olha o que fez com o seu Beto – ataca Bagatini, falando do afastamento do ex-vereador Beto Pereira, que Pinho atraiu do PP com a possibilidade de ser vice de Marco, mas foi arrastado para o vice de Anabel Lorenzi (PSB) na aliança da eleição de 2016.

E depois acabou preterido por Áureo na volta aos braços de Marco Alba nas eleições de março deste ano, logo após o PSDB – com o voto de Facin e Peres – ter sido decisivo para garantir Nadir Rocha (PMDB) como prefeito interino em janeiro.

Pinho evita os holofotes e nunca quer falar.

– Você chuta uma abóbora aqui para outra gritar lá adiante. Não caio nessa – disse ao colunista, em encontro na Prefeitura onde negou ruídos no partido ou um assédio para filiar Nadir sob a possibilidade de ser candidato a prefeito em 2020.

 

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De longe, o prefeito só observa e não se mete na DR dos outros. Mas qualquer ramphastida sabe que Marco torce por Áureo, um novo amigo de relação próxima entre as duas famílias.

 

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