Amado e odiado, ‘condecorado’ e ‘fuzilado’ na Grande Guerra das Redes Sociais, Jair Messias Bolsonaro (PSC), que está provocando um bafão nesta quinta em Porto Alegre, ligou para Clebes Mendes (PMDB).
O pop star de oliva ficou sabendo por Jones Martins (PMDB), colega de Gravataí na Câmara dos Deputados, que o vereador ganhou o apelido de ‘Bolsonaro da Aldeia’ – a partir de comentário publicado no Seguinte: em outubro do ano passado, após sua reeleição.
Um nome de guerra que colou como uma placa de Soldado Mendes no peito de Clebes, pelas polêmicas em que se mete e bandeiras que defende.
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Porque Clebes é o Bolsonaro da Aldeia
– Foi uma conversa descontraída. Ele disse que pesquisou sobre meu trabalho, viu que eu não era só mais um genérico. E convidou para visitá-lo em Brasília. Em um, dois meses, vou – conta o parlamentar do Parque dos Anjos que, mesmo controverso, dos 18 que concorreram à reeleição em 2016 foi um dos quatro que cresceram a votação, com 2.654 votos, 680 a mais que em 2012, enquanto outros 14 colegas perderam mais de 10 mil votos.
Exércitos locais
O alistamento de Clebes é história antiga. Na janela de troca partidária de um ano antes da eleição, o vereador só não trocou o PMDB pelo PSC porque Bolsonaro arriscava sair caso não fosse o führer nacional da sigla.
Da conversa em BSB no bunker do militar da reserva eleito com 465 mil votos, Clebes pode voltar arrumando o bornal para desertar do PMDB, passar uma nova farda e engraxar o coturno para concorrer a deputado estadual em 2018 – um sonho seu, complicado de se tornar realidade por contrariar os interesses de altas patentes do partido na aldeia.
Já Bolsonaro, candidatíssimo à Presidência da República, precisa em seu exército de soldados entrincheirados do Monte Caburaí ao Chuí pedindo votos para ele. E Clebes que, na gíria da caserna, não é de acoxambrar, é daqueles que parece não ter medo de se atirar na frente da bala.
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