e a corsan?

COLUNA DO SILVESTRE | O que a Corsan prometeu para não ser corrida de Gravataí

Coleta, tratamento e distribuição da água devem ser universalizados num prazo de cinco anos a contar da assinatura do próximo contrato.

Em uma reunião realizada há cerca de 15 dias, talvez um pouco menos, entre a Corsan e a Prefeitura, intermediada pelo Ministério Público, a companhia responsável pelo abastecimento de água potável e coleta e tratamento do esgoto ficou de apresentar a curto prazo uma proposta para resolver, de vez, os problemas de Gravataí.

Uma tentativa de evitar que seja licitado o serviço, no município. Em vão, pelo que fiquei sabendo.

Um passarinho verde esteve aqui na Teotônio Vilela e me contou!

A Corsan, pelo que seus representantes juraram ao promotor Daniel Martini, estaria disposta a cumprir os prazos para a universalização (dispor à toda comunidade) do abastecimento d’água em cinco anos e dos serviços de esgoto em 10 anos.

Mas não está disposta a atender aquela que é a principal exigência do prefeito Marco Alba (PMDB) que é investir pesado e recuperar o manancial do Rio Gravataí num prazo de 15 anos, de forma que a fonte d’água – hoje capenga, poluída, degradada – sirva para atender às necessidades dos gravataienses. Sem sobressaltos.

Aliás, este é um item que o prefeito Alba exige que faça parte da licitação cujo edital ainda está em fase de elaboração na Prefeitura. E é um item que praticamente deixa a Corsan fora da licitação, já que a companhia tem outros planos, como trazer água de outra cidade (Itapuã, em Viamão) sem mexer no Rio Gravataí.

E mais!

Sem dinheiro em caixa, a promessa da nossa Companhia Riograndense de Saneamento em resolver os problemas de coleta-tratamento-abastecimento de água e coleta-tratamento-devolução do esgoto à natureza, conta com o ovo sem ter a galinha.

Ou seja, pretende correr atrás de empresas para firmar uma Parceria Pública Privada (PPP) para investir na questão do esgoto, e buscar dinheiro estrangeiro para resolver o tema água. Leia-se financiamento, que nem ao menos se tem a certeza de que será aprovado.

Entretanto, o projeto a ser custeado com dinheiro de fora não é para investir apenas em Gravataí, mas em pelo menos mais oito cidades: Cachoeirinha, Viamão, Esteio, Canoas, Alvorada, Sapucaia do Sul, Guaíba e Eldorado do Sul.

Transformando o milho em quirela para os pintos: este sim é um dramalhão que vai se estender, se estender, se estender…

 

Para quem quer lembrar:
Prefeitura acelera rompimento com a Corsan para licitar água

 

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