Com bombas em colapso, a Defesa Civil de Cachoeirinha emitiu nesta sexta-feira alerta preventivo para evacuação de 10 bairros inundados na catástrofe de maio.
Em vídeo postado nas redes sociais, a Prefeitura orienta os mais de 25 mil moradores a elevar móveis e deixar as residências nos bairros Carlos Wilkens, Jardim Mauá, Veranópolis, Vila Eunice, Santo Ângelo, Imbuí, Loteamento Nossa Senhora Aparecida, Jardim Conquista, Meu Rincão e Parque da Matriz.
– Não se projeta a catástrofe de maio, mas o Rio Gravataí já está próximo da cota de inundação e são previstas chuvas até quarta-feira. É um alerta de evacuação preventiva, caso aconteça o pior – explica o coordenador da Defesa Civil, Vanderlei Marcos, que cita ações feitas pela Prefeitura para mitigação das enchentes, como a limpeza e desassoreamento dos arroios Sapucaia e Passinhos, onde também foi preparada uma bacia de amortecimento.
Às 12h, o nível do Rio Gravataí estava em 4,62 metros, já próximo à cota de inundação de 4.75. O nível normal do rio é de 2,60 metros. A medição é feita por régua colocada no Passo das Canoas pela Estação Hidrometeorológica da Agência Nacional das Águas (ANA).
Quando a água começou a subir durante a madrugada, a casa da João Pessoa tinha as seis bombas inoperantes. Na casa da Nilo Peçanha, as três bombas estavam funcionando.
Na João Pessoa, o único equipamento que estava em funcionamento era cedência de um arrozeiro. A bomba estava sendo usada desde segunda-feira. O Seguinte: teve acesso a laudo feito por engenheiro da Prefeitura.
Conforme o secretário de Obras Paulo Martins informou às 15h de hoje, além da bomba cedida pelo voluntário, outras duas bombas móveis estão operando, uma alugada pela Prefeitura e outra cedida pela Corsan, de baixa vazão. Era aguardada ainda para hoje a chegada de outras duas, também locadas emergencialmente.
– As seis bombas, que ficaram 20 dias submersas na enchente de maio, queimaram. A manutenção é difícil porque não há peças no mercado – explicou, também alegando dificuldades para locação de bombas móveis que sejam adequadas para a realidade local.
O secretário informou que o prefeito Cristian Wasem (MDB) deve assinar nos próximos dias o contrato com empresa que vai “modernizar” a casa de bombas da João Pessoa, elevando painéis de controle e modificando a rede elétrica. O custo estimado é de meio milhão de reais.