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COM VÍDEO | O homem que viu ovnis (fomos ao local do avistamento)

Ufólogo Luis Stumpf onde fez seu primeiro avistamento de ovni

Na estreia da série Histórias Incríveis, do projeto O Melhor de Gravataí lançado pelo Seguinte:, embarque com a gente pelo mundo incrível da ufologia. No vídeo que produzimos em um campo de avistamento, uma surpresa nos céus.

 

O chimarrão acompanhava o fim da tarde quente de janeiro de 1999 quando, sob a claridade do horário de verão do céu da Cohab, Luis Stumpf avistou uma estrutura branca em forma de disco parada no ar. Nos dois dias seguintes, às mesmas 18h30min, o objeto voador não identificado (ovni) – pelo menos pelo gravataiense – reapareceu na altura das nuvens que pairavam sobre a rua Chapecó.

– Seu Joaquim, que era muito sensitivo, tinha me falado sobre luzes no céu nas semanas anteriores. Em segredo, me relatou que, no passado, foi contatado em uma dimensão diferente para embarcar em uma nave. Eu, que até ser uma testemunha gostava do assunto, mas era um cético, a partir dali, mesmo que de forma amadora, me tornei um pesquisador desses fenômenos – conta o assessor parlamentar, que já foi secretário municipal e, em 2001, organizou em Gravataí o Fórum de Ufologia e Política Internacional que reuniu uma centena de ufólogos e curiosos no Cine-Teatro.

Luisão, como é conhecido pelos amigos e na política, recebeu a reportagem do Seguinte: na noite da quarta-feira da semana passada, na casa onde mora atualmente, às margens da RS-118. O contador e ex-seminarista de 46 anos é herdeiro das teorias de Victor Soares, português radicado por três décadas em Gravataí e um dos ufólogos mais respeitados do Brasil até o falecimento, em 2010.

– As naves tomam a forma que querem, até invisível. São eles que se mostram, escolhem onde e a quem aparecer. Ufólogos calculam a existência de mais de 200 raças alienígenas nos tantos universos já descobertos pela Nasa. Muitos vivendo entre nós – acredita, empilhando sobre a mesa livros que alimentam mistérios sobre avistamentos e contatos feitos por civilizações antigas (muitos supostamente registrados desde a escrita cuneiforme dos Sumérios até clássicas obras de arte), além de teorias da conspiração com seus infiltrados e uma secreta ordem mundial que influencia os principais governos da Terra.

O porquê dele ter sido um dos escolhidos? O próprio Luisão especula, no vídeo que produzimos ao fim deste artigo.

 

Avistamentos, agroglifos e segredos

 

A memória de incidentes descobertos por Luisão em Gravataí é pequena e aponta o radar para a região do Morro Itacolomi. Os personagens restam perdidos em anotações, mas descrevem em 1997 um avistamento colossal do que ele chama de ‘nave-mãe’, de cerca de 25 quilômetros de diâmetro. Em outro relato, um contatado narra uma experiência em uma máquina do tempo, em meio ao hermetismo da vegetação de nosso cartão-postal, que o transportou das terras de Aqüífero Guarani até os anos 60.

Dias depois de falar pela primeira vez sobre a própria experiência e pesquisa, em reportagem de capa publicada em 2010 pelo jornal diário Correio de Gravataí, Luisão foi abordado em um aniversário por uma mãe e filha que, assustadas, contaram ter testemunhado o mar abrir em Tramandaí para a saída de um Osni – derivação de Ovni na nomenclatura dos ufólogos, por se tratar de um objeto submarino não identificado.

– Nunca tinham contado para ninguém. É preciso coragem para falar sobre isso. A primeira reação das pessoas é pensar que é coisa de maluco. Mas a ufologia é ciência. Buscamos provas da mesma forma que fazem os cientistas. Quanta coisa em nosso mundo continua inexplicada? – argumenta, enquanto um som emitido de seu aparelho de celular revela a foto de um agroglifo, aqueles desenhos que aparecem em campos de trigo.

– Hoje a principal investigação de ufólogos do mundo todo é relativa aos círculos – explica, creditando a foto recebida a Ademar Gevaerd, o ufólogo mais famoso do Brasil, editor há 35 anos da revista UFO, publicação do gênero mais longeva do mundo, com centenas de colaboradores em todo planeta.

O gravataiense e o ufólogo paranaense que já foi personagem e fonte de documentários no History Channel e no Discovery se conheceram em maio durante um seminário de ufologia em Porto Alegre e hoje trocam diariamente dezenas de informações em um grupo de WhatsApp. Aficcionados pelos crop circles, planejam se encontrar novamente entre o final de outubro e o início de novembro, em Ipuaçu – com 7 mil habitantes uma Glorinha no oeste catarinense. Desde 2008 aparecem, da noite para o dia, estranhas imagens geométricas deitando campos de trigo na região a oito horas de carro de Gravataí. Alguns dos agroglifos, que nos anos seguintes migraram também para Prudentópolis, no Paraná, chegam a medir cem metros.

– Fraudes à parte, novas teorias da ufologia investigam se a mensagem enviada por essas inteligências não estaria no ambiente, em vez de supostos códigos matemáticos até hoje nunca desvendados, inscritos dentro das imagens. Já se observou que aeroportos próximos registram aumento de ondas eletromagnéticas nos períodos em que essas anomalias acontecem. E testes no laboratório da USP revelaram que dentro de alguns círculos não há nenhum microorganismo vivo, o que é uma coisa incrível – exemplifica, enquanto serve um café e mostra mais fotos recém enviadas da região dos The Rollright Stones (milenares monumentos da Idade do Bronze, localizados entre Oxfordshire e Warwickshire, interior inglês), onde Gevaerd investigava o aparecimento, no dia anterior, de um agroglifo.

– Este ano vou a campo pesquisar Ipuaçu – projeta, lamentando mais de uma década atrás não ter aceitado o convite de um controverso curandeiro de Canoas, o seu Paulo, para ir a um morro de Maquiné buscar um suposto líquido alienígena responsável por milagrosas curas de doenças entre os anos 90 e 2000.

 

No caminho do ovni

 

Após uma rápida vasculhada via telescópio pelos céus noturnos da aldeia dos anjos, Luisão aceitou o convite do Seguinte: para gravar uma entrevista em vídeo, numa diligência de Kombi até o local onde avistou os ovnis.

– Vocês o trazem de volta? – perguntou, preocupada com a carona da volta, a esposa Melissa, que ao lado filho Pedro (10) observava por trás da janela a movimentação do marido e da reportagem mirando lentes às estrelas.

– Se não formos abduzidos… – foi, provocando o riso de todos, a inevitável resposta inspirada no notório sumiço por nove dias de Artur Berle, nos anos 50, em Sarandi, e que, pela fama dos relatos que fez mundo afora sobre a experiência no planeta Acarte, foi escolhido um dos 20 gaúchos do século em publicação da RBS no ano 2000.

Por mais de uma hora ida e volta, embarcamos no veículo da reportagem – eu, mais Luisão, o editor de imagens Guilherme Klamt e o motorista Edejair Pinto – cercados por histórias incríveis desse mundo fantástico que a ufologia nos apresenta. Conversamos sobre inúmeros casos. Do avistamento do piloto Kenneth Arnold que em junho de 1947 originou a denominação ‘disco voador’ (flying saucer) até o caso mais famoso: o incidente Roswell, ocorrido um mês depois e onde extraterrestres teriam sido capturados.

Não sem deixarmos de levantar suspeitas de encobrimento pelas autoridades sobre detalhes dos casos do ET de Varginha (MG) e do obscuro suicídio do coronel Uyrangê de Hollanda Lima – após revelar em entrevista ao Fantástico a existência de arquivos confidenciais da Operação Prato, uma investigação de ovnis feita em Colares pelo 1º Comando Aéreo Regional de Belém do Pará.

Acredite ou não, a pesquisa de incidentes ufológicos e de anomalias supostamente extraterrestres instiga nossa natural curiosidade por encontrar, como dizia o slogan do Arquivo X, uma ‘verdade’ que ‘está lá fora’. E também, no rastro de um imaginário criado pela Guerra dos Mundos, de George Wells, ou pela bíblia ufológica Eram os Deuses Astronautas?, de Eric Von Daniken, nos abduz ao desconhecido, frente a um conjunto de evidências de fenômenos registrados na história da humanidade que, milênios depois, ainda não foram desvendados.

 

No vídeo que produzimos, NO CAMINHO DOS OVNIS, tivemos uma surpresa no local do avistamento. Confira.

 

COMO PESQUISAR

Facilmente você encontra vasto e fascinante material sobre ufologia em documentos, fotos e vídeos, apenas com a ajuda do Google, navegando na internet. Todos os incidentes citados na reportagem e mais uma infinidade de casos são de simples acesso.

Para começar, recomendamos assistir – com o climão da dublagem anos 70 – ao documentário (ficção, ou não-ficção, você nos escreve opinando depois) Eram os Deuses Astronautas?

 

 

 

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